Donald Trump ameaça aplicar sanções a mais empresas chinesas e o grupo Alibaba poderá ser o próximo da lista, segundo conta a “Bloomberg” esta quarta-feira, 19 de agosto. Este cenário pode colocar em risco o império de 584 mil milhões de euros da empresa anteriormente liderada por Jack Ma, que abrange entre outros segmentos o retalho online.
Esta ameaça do presidente dos Estados Unidos surge na véspera da empresa divulgar os resultados do segundo trimestre, o que já levou os administradores do grupo Alibaba a tranquilizar os investidores de que a empresa vai sair mais forte da pandemia.
Os analistas esperam que o crescimento da receita volte a acelerar, embora a taxa ainda fique abaixo dos níveis anteriores à Covid-19. Uma opinião partilhada pelos investidores que acreditam que a empresa está a demorar mais do que o previsto para recuperar os níveis pré-pandemia. As ações do grupo Alibaba subiram cerca de 20% este ano, ficando substancialmente atrás dos seus rivais da JD, Pinduoduo e Meituan.
“O Alibaba está a travar duas batalhas importantes ao mesmo tempo: uma no comércio principal online e a outra nos serviços locais offline. Esta empresa é uma lutadora e os investidores vão querer ver conquistas em pelo menos uma das duas frentes”, afirmou Shawn Yang, analista da Blue Lotus Capital.
A empresa comprometeu-se a investir 24 mil milhões de euros em infraestruturas tecnológicas como data centers, nos próximos três anos, e a contratar cinco mil trabalhadores na área da tecnologia em todo o mundo até ao final do ano financeiro de 2020.