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Desde o início da invasão que a Rússia não vendia tanto petróleo

Moscovo prometeu reduzir produção, mas não cumpriu para ganhar mais receitas. China e Índia são os maiores compradores do crude russo.
  • epa09910064 Russian President Vladimir Putin meets with Russian Olympic and Paralympic athletes during a state awards ceremony for Russian medal winners of the Beijing 2022 Olympic Winter Games at the Kremlin in Moscow, Russia, 26 April 2022. EPA/YURI KOCHETKOV
16 Maio 2023, 15h18

As exportações russas de petróleo atingiram um novo máximo desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Moscovo vendeu 8,3 milhões de barris diários em abril, gerando receitas de 15 mil milhões de dólares. A larga maioria das vendas (80%) destinam-se à China e Índia.

Isto representa um  um aumento de 50 mil barris diários e de 1,7 mil milhões de dólares de receita face ao mês anterior, segundo os dados da Agência Internacional de Energia (IEA) hoje divulgados.

“A Rússia pode estar a aumentar volumes para compensar a perda de receita”, disse a agência sediada em Paris. A receita gerada em abril ficou 27% abaixo do registado em abril de 2022. Já as receitas fiscais do sector de petróleo e gás ficaram 64% abaixo do registado há um ano.

O máximo atingido acontece apesar do limite de preço imposto a Moscovo pelo G7 e a Austrália, a par do embargo imposto pela União Europeia, com o objetivo de travar o financiamento da máquina de guerra russa através das receitas com petróleo e gás natural.

Já a produção manteve-se nos 9,6 milhões de barris diários. Moscovo prometeu aos seus parceiros da OPEP+ cortar na produção mas a IEA tem dúvidas sobre se isto vai acontecer.,

“A Rússia aparenta ter poucos problemas em encontrar clientes para o seu crude e produtos petrolíferos, frequentemente às custas dos seus parceiros da OPEP+”, segundo a agência.

A recuperação económica chinesa após a Covid-19 vai colocar o consumo do país em 102 milhões de barris diários. “A recuperação da procura na China continua a ultrapassar expetativas”, de acordo com a IEA.

 

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