As exportações russas de petróleo atingiram um novo máximo desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Moscovo vendeu 8,3 milhões de barris diários em abril, gerando receitas de 15 mil milhões de dólares. A larga maioria das vendas (80%) destinam-se à China e Índia.
Isto representa um um aumento de 50 mil barris diários e de 1,7 mil milhões de dólares de receita face ao mês anterior, segundo os dados da Agência Internacional de Energia (IEA) hoje divulgados.
“A Rússia pode estar a aumentar volumes para compensar a perda de receita”, disse a agência sediada em Paris. A receita gerada em abril ficou 27% abaixo do registado em abril de 2022. Já as receitas fiscais do sector de petróleo e gás ficaram 64% abaixo do registado há um ano.
O máximo atingido acontece apesar do limite de preço imposto a Moscovo pelo G7 e a Austrália, a par do embargo imposto pela União Europeia, com o objetivo de travar o financiamento da máquina de guerra russa através das receitas com petróleo e gás natural.
Já a produção manteve-se nos 9,6 milhões de barris diários. Moscovo prometeu aos seus parceiros da OPEP+ cortar na produção mas a IEA tem dúvidas sobre se isto vai acontecer.,
“A Rússia aparenta ter poucos problemas em encontrar clientes para o seu crude e produtos petrolíferos, frequentemente às custas dos seus parceiros da OPEP+”, segundo a agência.
A recuperação económica chinesa após a Covid-19 vai colocar o consumo do país em 102 milhões de barris diários. “A recuperação da procura na China continua a ultrapassar expetativas”, de acordo com a IEA.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com