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Desemprego registado atinge mínimos de duas décadas (com áudio)

O número de desempregados inscritos no IEFP recuou para 296 mil em maio. É o número mais baixo desde o início da atual série estatística, isto é, desemprego registado atingiu mínimos de 2003.
21 Junho 2022, 09h36

O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a recuar, tendo atingido mínimos de 2003 (ano em que começa a atual série estatística). De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, em maio, havia 296.394 indivíduos desempregados em Portugal, menos 26,3% do que há um ano e menos 5,7% do que no mês anterior.

A nota agora conhecida dá conta de que, no quinto mês do ano, havia menos 105.789 desempregados registados no país do que em maio de 2021 e menos 18.041 desempregados do que em abril. “Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2021, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que procuram novo emprego (-101 138), os que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-90 371) e os que estão inscritos há menos de um ano (-71 309)”, detalha o IEFP.

Já a nível regional, o desemprego registado diminuiu, em termos homólogos, em todas as regiões, com destaque para o Algarve e para a Madeira, onde foram verificadas quebras de 54,8% e 40,3%, respetivamente. Também em cadeia, todas as regiões portuguesas apresentaram decréscimos no desemprego, tendo a maior variação sido registada no Algarve (19,4%).

Quanto aos grupos profissionais dos desempregados registados, o IEFP salienta que os mais representativos foram, por ordem decrescente,  os “trabalhadores não qualificados“ (26,1%), os “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,5%), o “pessoal administrativo”(11,9%) e os “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,5%).

“Relativamente ao mês homólogo de 2021 (excluindo os grupos com pouca representatividade, ou significado, no desemprego registado), todos os grupos apresentaram diminuições nas variações homólogas, destacando-se os ‘trabalhadores de serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores’ (-34,2%), os ‘operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem’ (-28,0%) e os ‘trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices'(-26,1%)”, explica o instituto.

Por setor de atividade, e no que diz respeito às quebras homólogas do desemprego registado, destaque para o “alojamento, restauração e similares” (-45,8%), a “indústria do couro e dos produtos do couro”(-37,9%); a “indústria do vestuário”(-32,1%) e a “fabricação de veículos automóveis, componentes e outro equipa. de transporte”(-30,9%).

Além disso, em maio, havia 21.891 ofertas de emprego por satisfazer, mais 4,2% do que há um ano e mais 8,5% do que no mês anterior.

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