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Detida mulher suspeita de ter assassinado meio-irmão de Kim Jong-un

Kim Jong-nam terá sido envenenado com uma agulha por duas mulheres, alegadamente agentes operacionais norte-coreanas. A mulher detida esta quarta-feira estaria sozinha na hora da detenção no aeroporto de Kuala Lampur, na Malásia.
  • Lim Se-young/News1 via REUTERS
15 Fevereiro 2017, 11h27

Uma mulher com passaporte vietnamita foi detida esta quarta-feira no aeroporto de Kuala Lampur, na Malásia, por ter estado alegadamente envolvida na morte de Kim Jong-nam, o meio-irmão do líder norte-coreano. A mulher terá sido identificada pelas câmaras de vigilância do aeroporto e estava sozinha na hora da detenção.

As circunstâncias da morte de Kim Jong-nam, filho mais velho do falecido líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, continuam envoltas em mistério. Segundo a televisão sul-coreana TV Chosun, Kim Jong-nam terá sido envenenado com uma agulha por duas mulheres, alegadamente agentes operacionais norte-coreanas. As autoridades dão conta de que terá sido agarrado por alguém por trás e se começou a sentir zonzo, vindo depois a falecer já no hospital.

Kim Jong-nam, de 45 anos, era um crítico do regime repressivo de Kim Jong-un e já tinha sido alvo de uma tentativa de homicídio antes. Em 2012, a Coreia do Sul deteve um agente dos serviços secretos norte-coreanos que estaria alegadamente a planear o seu atropelamento.

Segundo o Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano, terá sido nessa altura que Kim Jong-nam escreveu uma carta ao meio-irmão a pedir que lhe poupasse a vida. Kim Jong-nam chegou a ser apontado como sucessor provável de Kim Jong-il, mas uma polémica em torno do uso de um passaporte falso para entrar no Japão em 2001 terá sido uma das razões que levaram ao seu afastamento e exílio, imposto pelo seu pai, em Macau. Depois da morte de Kim Jong-il, em 2011, optou ir viver para a Malásia com receio de represálias por parte do meio-irmão, que poderia vê-lo como uma ameaça à seu Governo.

O meio-irmão de Kim Jong-un era próximo do tio, Jang Song-thaek, que em 2013 foi assassinado por traição ao regime norte-coreano.

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