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DGS: “Vacina da AstraZeneca é segura e de qualidade”

O alerta identificado por vários países sobre a vacina da AstraZeneca, também sublinhado pela DGS, foi a existência de “poucos dados acima dos 55 e sobretudo acima dos 65 anos”.
  • Reuters/DADO RUVIC
8 Fevereiro 2021, 15h09

Em nova conferência de imprensa, Válter Fonseca da Direção-Geral da Saúde, admitiu esta segunda-feira que a “vacina mais útil é a que está disponível para vacinar o maior número de pessoas”, recusando que a vacina da AstraZeneca não seja segura. “A aprovação de mais uma vacina é uma boa notícia, [porque] ficamos com mais uma vacina para vacinar a população”, disse Válter Fonseca.

A vacina produzida pela AstraZeneca foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento e foi autorizada para vacinar pessoas com mais de 18 anos, sendo que a DGS afirmou que esta era desaconselhada para pessoas com mais de 65 anos, dado a escassez de estudos nesta faixa etária. Válter Fonseca enunciou três critérios que fizeram a vacina ser aprovada: “é segura, é de qualidade e mostrou que quando as pessoas são vacinadas há anticorpos que podem proteger contra a Covid-19”.

O alerta identificado por vários países, também sublinhado pelo profissional da DGS, foi a existência de “poucos dados acima dos 55 e sobretudo acima dos 65 anos”. “Pareceu-nos prudente privilegiar a vacinação com menos de 65 anos com esta vacina e privilegiar outras [faixas etárias] com a vacina mRNA”. Ou seja, pessoas com idades superiores a 65 anos irão ser vacinados com as vacinas da Pfizer e da Moderna.

Assim, Válter Fonseca adiantou que existem pessoas entre os grupos prioritários e também profissionais de saúde, com menos de 65 anos, que vão receber a vacina produzida pela AstraZeneca. “Não deve haver receio”, disse o diretor do Departamento de Qualidade na Saúde da DGS, acrescentando que “não devemos atrasar a vacinação perante uma pandemia” e que deve existir “capacidade de gerir o plano de vacinação enquanto aguardamos mais dados”.

Questionado ainda sobre a suspensão da aplicação da vacina da AstraZeneca na África do Sul, após esta se mostrar ineficaz contra a variante sul-africana, Válter Fonseca adiantou que a DGS está a “acompanhar com detalhe” os detalhes e que se está a alinhar com outros países. “As autoridades estão a acompanhar o que vai acontecer entre as variantes e a vacina”, terminou.

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