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“Digitalização do imobiliário é sinónimo de poupança de dinheiro”

Responsável acredita que este processo é também uma das chaves sobre as quais deve girar a recuperação da economia portuguesa.
26 Março 2022, 12h00

“A digitalização do mercado imobiliário é, sem dúvida, sinónimo de poupança de tempo e dinheiro”.

A afirmação é de Ruben Marques da Costa, porta-voz da plataforma de imóveis “idealista”, em entrevista ao Jornal Económico (JE). O responsável acredita que o processo de digitalização pode ajudar o sector a tornar-se mais dinâmico, dando como exemplo os anúncios online através dos portais imobiliários que permitem aos compradores ver os imóveis em qualquer momento eliminando barreiras de distância e tempo que dificultam a visita física, como se tratasse de um Open house 24 horas.

Outro método que se tornou um hábito com a pandemia e que hoje em dia já é visto como uma forma de chegar a clientes internacionais sem a necessidade de viajarem a um determinado país, foram os “anúncios cada vez mais completos com visitas virtuais 360º que permitem aos compradores obter mais informação sobre o imóvel e com uma experiência de interação cada vez mais imersiva”, refere Ruben Marques, que destaca também as reuniões em streaming, nos casos onde a reunião presencial com o proprietário ou comprador não seja possível por diversos motivos e onde podem utilizar-se plataformas profissionais de videochamada para estar em contato com os clientes.

De resto, este é um método utlizado pela videovisita do idealista, que “permite agendar reuniões com os clientes compradores para mostrar o imóvel em tempo real ou inclusivamente organizar ‘open houses virtuais’ com vários clientes ao mesmo tempo”, explica.

O responsável da plataforma imobiliária considera que o coronavírus acelerou muitos processos e conceitos que aos poucos se foram estabelecendo e que agora se tornaram essenciais e assume que “a digitalização é, sem dúvida, uma das chaves sobre as quais deve girar a recuperação da nossa economia”.

No entanto, salienta que ainda há um longo caminho a percorrer, mas que em certos aspetos a digitalização dos consumidores já é um dado adquirido, tanto pela mudança geracional como pelo impacto que tem no nosso dia-a-dia. realçar que as redes sociais ou o e-commerce já fazem parte do nosso quotidiano, Ruben Marques, relembra que existem muitos outros produtos e serviços que podem ser digitalizados e com enorme potencial para melhorar a experiência do utilizador.

“Apesar do insubstituível papel do fator humano na mediação imobiliária, o mercado mudou, de forma acelerada, e é cada vez mais digital, dando provas de que a utilização da tecnologia continuará a ser fundamental no futuro, tanto na angariação como na concretização dos negócios imobiliários, como por exemplo, os processos de procura, compra e venda de casas, ou arrendamento de imóveis”, explica. O responsável do “idealista” acredita que os players do setor imobiliário compreendem este novo cenário e por isso estão a dar passos gigantescos nesse sentido, adaptando as suas estruturas organizacionais e tecnologia para se integrarem e, por sua vez, melhorarem a experiência digital que oferecem.

“A digitalização é, inegavelmente, o presente e o futuro de todos os setores e um caminho sem regresso. Além de ser imprescindível para que as empresas se mantenham relevantes, atuais e competitivas, e possam não só garantir a satisfação e a fidelização dos seus clientes, como obter métricas para ajudar a entendê-los”, conclui.

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