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Diplomatas russos em Portugal “estavam a desenvolver atividades contrárias à segurança nacional”, diz MNE

João Gomes Cravinho defendeu que a expulsão dos referidos funcionários foi a decisão adequada, dado que a atividade que estavam a “desenvolver era contraditória ao seu estatuto diplomático”.
6 Abril 2022, 16h41

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, comentou esta tarde a expulsão de 10 funcionários da embaixada da Federação Russa em Portugal, que tinham “acreditação diplomática e estavam a trabalhar de uma forma que punha em causa os interesses de segurança nacional”.

À margem de mais uma reunião ministerial da NATO, que decorreu esta quarta-feira, em Bruxelas, Gomes Cravinho defendeu que a expulsão dos referidos funcionários foi a decisão adequada, dado que a atividade que estavam a “desenvolver era contraditória ao seu estatuto diplomático”, não adiantando mais detalhes quando questionado pelos jornalistas sobre o caso.

“Estavam identificadas e decidimos que era o momento certo para lhes dizer que deviam sair” do país, continuou o governante após aquela que foi a primeira reunião da Aliança Atlântica a que foi como ministro dos Negócios Estrangeiros.

João Gomes Cravinho adiantou ainda que Portugal vai enviar mais material de guerra para a Ucrânia “num futuro próximo”, recordando que, apesar de já ter enviado mais de 60 ou 70 toneladas de material de guerra para o país do leste europeu, prepara-se agora para enviar mais material defensivo e ofensivo, entre armas e munições.

Questionado sobre a possível adesão da Finlândia e Suécia à Aliança — um cenário ao qual o secretário-geral da NATO já se mostrou favorável —, João Gomes Cravinho não deu uma resposta concreta sobre a posição de Lisboa, sublinhando, porém, que Portugal tem uma relação boa com os dois países.

“Há um debate interno sobre essa questão e Portugal não quer, de forma alguma, interferir nesse debate. Mas a proximidade que temos com esses países é o suficiente para indicar que não queremos ser um obstáculo em relação ao que é a sua própria segurança”, explicou.

Quanto ao agravamento da retaliação contra o Kremlin da parte do ocidente, o ministro português não tem dúvidas de que ” a tendência é para se acentuarem as sanções”, o que “resulta diretamente da posição da Rússia, que continua a agredir e a cometer atrocidades” no país vizinho.

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