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Diretora-geral de Saúde confirma 18 casos de legionella detetados no Hospital de São Francisco de Xavier

Graça Freitas admitiu, em conferência de imprensa realizada no hospital, que este número pode aumentar, tendo em conta o período de incubação de dez dias da doença e o facto de as medidas de contenção terem sido tomadas depois de conhecidos os primeiros casos.
4 Novembro 2017, 21h03

A diretora-geral de Saúde confirmou hoje a existência de 18 casos de doença dos legionários detetados no Hospital de São Francisco Xavier em Lisboa, desde o dia 31 de outubro.

Graça Freitas admitiu, em conferência de imprensa realizada no hospital, que este número pode aumentar, tendo em conta o período de incubação de dez dias da doença e o facto de as medidas de contenção terem sido tomadas depois de conhecidos os primeiros casos.

De acordo com a diretora-geral de Saúde, existem 18 casos diagnosticados, estando internadas no São Francisco Xavier 16 pessoas infetadas com a bactéria ‘Legionella pneumophila’, duas delas na unidade de cuidados intensivos, uma outra numa unidade privada de saúde e outra ainda, que teve alta em 31 de outubro.

“Até ao momento, temos conhecimento de 18 casos, sendo que 17 foram diagnosticados, internados e tratados neste hospital [São Francisco Xavier] e um numa unidade de saúde privada, à qual recorreu por opção própria. Dos casos aqui, no São Francisco Xavier, um já teve alta, e os outros estão estáveis, sendo que dois estão em unidades de cuidados intensivos”, disse Graça Freitas.

Um dos infetados com a bactéria, explicou a presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Rita Pérez, foi um funcionário do hospital.

Todos os pacientes têm idades entre os 70 e os 80 anos, de acordo com a DGS, à exceção do funcionário do hospital, que tem 44 anos, mas que sofre de patologias associadas, nomeadamente respiratórias.

Graça Freitas deixou uma mensagem de tranquilidade face a este novo foco de “legionella”, afirmando que “é causada por uma bactéria que é muito frequente na Natureza”.

“Este não é um acontecimento extraordinário. Isto passa-se em todo o mundo, e em Portugal habitualmente temos cerca de 200 casos por ano, com pequenos surtos”, disse a responsável, garantindo que existem “planos de contingência, internacionais e das instituições” de saúde pública.

“Este hospital tem um plano de contingência”, realçou Graça Freitas, explicando que o São Francisco Xavier agiu rapidamente e corretamente para lidar com o caso.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) publicou, ao final do dia de sexta-feira, um comunicado no qual afirmava terem sido diagnosticados oito casos de doença dos legionários no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental – Hospital S. Francisco Xavier.

“Na sequência da investigação epidemiológica, de forma a avaliar a situação, recolheram-se amostras em vários pontos dos circuitos de água do Hospital de São Francisco Xavier. Estas amostras foram analisadas no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e revelaram a presença de ‘Legionella’. Pelo princípio da precaução foram tomadas as medidas adequadas para interromper a possível fonte de transmissão”.

Hoje à tarde, um novo comunicado da DGS elevava para 15 o número de casos, “na sua maioria, idosos com fatores de risco associados”.

No mesmo comunicado, a DGS informava que, “de forma a facilitar a implementação das medidas de controlo, o INEM irá redirecionar temporariamente para outras instituições hospitalares os doentes mais graves que se destinariam ao Serviço de Urgência do Hospital de São Francisco Xavier, que se irá manter aberto para os restantes doentes”.

A DGS, no seu comunicado, sublinha que “a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo”.

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