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Disney estima perda de 1,3 mil milhões de euros com impacto da Covid-19

“Enquanto ainda é muito cedo para prever quando seremos capaz de recomeçar todas as nossas operações, estamos a avaliar os números para diferentes cenários para assegurar uma abordagem cautelosa, sensível e deliberada da eventual abertura dos nossos parques”, disse Chapek.
  • Benoit Tessier/REUTERS
6 Maio 2020, 18h16

A Walt Disney estima que as medidas implementadas no sentido de impedir a propagação de Covid-19 tenha custado 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) à empresa, sendo que a maior quebra se verificou nos parques temáticos, avança a ‘Reuters’ esta quarta-feira, 6 de maio.

Com uma quebra de receitas acentuada, a Disney decidiu reabrir a Disneyland de Shanghai durante a próxima semana, ainda que com um número reduzido de visitantes. Ainda assim, os executivos da Disney admitiram não saber quando os outros parques localizados na Ásia, França e Estados Unidos vão reabrir ao público, bem como a incógnita da abertura das lojas e o recomeço da atividade nos cruzeiros.

O governo chinês pediu à Disney para reduzir a capacidade que o parque em Shanghai para 30%, ou o equivalente a 24 mil pessoas, apontou o novo CEO da Disney, Robert Chapek. O próprio responsável afirmou que as operações vão começar com um número “bastante abaixo” do que o pedido pelas autoridades chinesas, enquanto se ajustam às medidas de distanciamento social, máscaras e medição de temperatura.

A empresa liderada por Robert Chapek assumiu ainda que não vai pagar os dividendos correspondentes à primeira metade do ano fiscal, sendo que a ‘Reuters’ aponta a existência do pagamento de 1,6 mil milhões de dólares (1,48 mil milhões de euros) em dividendos, assumindo que o dividendo se manteve constante a 0,88 euros por ação.

“Enquanto ainda é muito cedo para prever quando seremos capaz de recomeçar todas as nossas operações, estamos a avaliar os números para diferentes cenários para assegurar uma abordagem cautelosa, sensível e deliberada da eventual abertura dos nossos parques”, disse Chapek.

No fim do ano passado, quando a empresa ainda era dirigida por Bob Iger, a Disney referiu que 2020 seria um ano recorde para a empresa devido à produção cinematográfica e à guerra de audiências das plataformas de streaming com a aposta na Disney+ e em conteúdos exclusivos.

“No total, estimamos que a Covid-19 impacte as receitas do atual trimestre devido às operações antes de impostos em todos os negócios, que deve chegar a 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros)”, disse a empresa, apontando que mil milhões de dólares (924 milhões de euros) serão perdas relativas aos parques.

Segundo os dados da empresa, a Disney registou uma quebra de 63%, entre janeiro e março, nos lucros face ao ano passado, uma vez que as ações se fixaram em 0,60 cêntimos, abaixo da perspetiva de 0,89 cêntimos dos analistas. Também o lucro líquido das operações caiu em 91% para 475 milhões de dólares (439 milhões de euros)

Depois dos resultados terem sido apresentados, as ações da Disney caíram 2,8% para 98,30 dólares (90,93 euros), depois do horário comercial, tendo ainda perdido 2% no período regular. De acordo com a análise da ‘Reuters’, as ações da Disney perderam mais de um quarto do seu valor desde o início do ano.

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