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Dívida externa líquida de Portugal passou de 89% para 88,6% do PIB

Os responsáveis por esta variação negativa foram as variações de preço e o impacto das transações. Ainda assim, a variação cambial e os outros ajustamentos conseguiram equilibrar uma maior queda no vermelho.
21 Maio 2019, 13h00

A posição de investimento internacional de Portugal situou-se em -205,3 mil milhões de euros no mês de março do presente ano, revelou o Banco de Portugal. De acordo com os dados, a variação negativa continua a crescer, atingindo os -2,1 mil milhões de euros em relação ao fim de 2018.

A variação negativa deveu-se ao impacto das transações, que foram de -0,7 mil milhões de euros, e das variações de preço, que se fixou em -2,6 mil milhões de euros. Ainda assim, a negatividade foi compensada pela variação cambial, que atingiu os +0,5 mil milhões de euros, e os outros ajustamentos, de mais +0,7 mil milhões de euros.

Segundo a entidade de Carlos Costa, as “variações de preço tiveram um impacto negativo sobre a posição de investimento internacional devido à valorização de passivos, nomeadamente de empresas residentes detidas por não residentes” e também das obrigações de tesouro na carteira dos não residentes em Portugal.

Em relação às variações cambiais, verificou-se uma apreciação do dólar, apresentando “um impacto no aumento do valor em euros dos ativos denominados naquela divisa detidos por residentes”, refere o Banco de Portugal.

No mês de março, a posição do investimento internacional em percentagem de PIB voltou a registar uma variação negativa. Em finais de 2018, o PIB fixou-se em -100,8%, enquanto em março se situou em -101,1%.

A dívida externa líquida de Portugal foi de 180 mil milhões de euros, sendo excluídos os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros. Em PIB, isto significa uma redução de 0,4 pontos percentuais entre o fim de 2018 e março de 2019. Assim, a dívida externa líquida passou de 89% para 88,6%, “uma vez que o aumento do PIB mais que compensou o aumento nominal da dívida”.

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