O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a identificar a dívida pública portuguesa como a “principal vulnerabilidade” de Portugal, numa declaração divulgada esta sexta-feira, após a conclusão da visita da sétima avaliação do pós-programa de ajustamento.
“Apesar da diminuição nos últimos anos, a dívida pública alta continua a ser a principal vulnerabilidade, requerendo esforços contínuos de consolidação orçamental”, refere.
A equipa de economistas da instituição liderada por Christine Lagarde considerou que a atual conjuntura representa uma oportunidade para “antecipar a consolidação orçamental plurianual” prevista no Programa de Estabilidade do Governo, contribuindo para acelerar a redução da dívida pública.
“Além disso, um excedente primário também proporcionaria almofadas adicionais contra mudanças adversas nas taxas de crescimento económico e outras contingências”, salienta.
O Governo reviu em alta a projeção para a dívida pública portuguesa no próximo ano na proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019). A estimativa aponta para uma dívida de 118,5% do produto interno bruto (PIB), ligeiramente acima dos 118,4% que o Governo tinha inscrito no Programa de Estabilidade 2018-2021 conhecido em abril.
A diminuição do peso da dívida na economia poderá ser, assim, menor que o esperado, seguindo-se aos 121,2% esperados para este ano (menos 1 ponto percentual que a estimativa de abril) e aos 125,6% de 2017.
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