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Dívida pública fecha 2020 com recorde de 270,4 mil milhões de euros

A dívida pública, na óptica de Maastricht, atingiu em dezembro do ano passado o valor mais elevado da série histórica desde 1995. O Banco de Portugal assinala que para esta evolução contribuiu essencialmente a emissão de títulos de dívida.
  • Ministro de Estado e das Finanças, João Leão
1 Fevereiro 2021, 11h00

A dívida pública aumentou para 270.408 milhões de euros em dezembro, um novo máximo histórico, revelam os dados do Banco de Portugal (BdP) publicados esta segunda-feira. A evolução traduz um salto de 3.325 milhões de euros face ao mês anterior, mas quando comparado com dezembro de 2019 a evolução traduz um disparo ainda mais acentuado, ao ter aumentado 20,4 mil milhões de euros.

O regulador bancário explica que para este acréscimo contribuiu o aumento dos títulos de dívida (17,6 mil milhões de euros), dos empréstimos (1,7 mil milhões) e das responsabilidades em depósitos (1,1 mil milhões de euros), “por via, principalmente, das emissões de certificados do Tesouro”.

Já os depósitos das administrações públicas fixaram-se em 23,9 mil milhões de euros no final de 2020, ou seja um aumento de 9,4 mil milhões de euros em 2020. “A dívida pública líquida de depósitos subiu 11,0 mil milhões de euros em relação ao ano anterior, totalizando 246,5 mil milhões de euros” explica ainda o BdP.

O regulador ainda não divulgou o peso da dívida pública no PIB no passado, uma vez que os dados preliminares do PIB apenas serão publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.  No Orçamento do Estado para 2021, o Governo projetava que o peso da dívida pública tivesse atingido os 134,8% do PIB em 2020 e retomasse a trajetória descendente este ano, caindo para 130,9%.

“Nesse sentido, prevê-se uma redução do rácio de -3,9 p.p. [pontos percentuais] para 130,9% do PIB. O principal contributo será dado pela retoma do crescimento nominal do PIB e, em segundo plano, pela redução dos depósitos das administrações públicas em cerca de 1,7 p.p. do PIB”, referia o relatório do OE2021, em outubro.

(Atualizado às 11h07)

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