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DMIF II: Sem ‘research’ grátis, investidores viram-se para a inteligência artificial

As empresas que associam as indústrias tecnológicas com gestores – expert networks – estão de regresso em força aos EUA e Europa. Apesar dos preços elevados, poderão tornar-se mais vantajosas que a análise tradicional dos bancos de investimento.
  • Brendan McDermid/Reuters
28 Fevereiro 2018, 15h37

A revisão da diretiva europeia para os mercados financeiros (DMIF II) proibiu, desde o início do ano, que os bancos de investimento enviem notas de research gratuitamente aos clientes, o que levou a que os investidores europeus se virassem para outros campos. A tendência levou a um disparo do preço das análises, em campos especializados como a inteligência artificial, para mais de mil euros por hora, segundo dados da agência Bloomberg.

Alguns gestores de ativos estão a optar por apostar em especialistas em novas tecnologias para colmatar a carência de research.

As empresas que associam as indústrias tecnológicas com gestores – expert networks – tinham sido ostracizadas de Wall Street devido a escândalos relacionados com troca de informação confidencial, há cerca de uma década. No entanto, parecem estar de regresso após operações de rebranding, não só nos Estados Unidos, mas também na Ásia e Europa.

“Parecem estar a contactar toda a gente que nem loucos”, explicou Phil Chapple, chief operating officer do hedge fund londrino Monterone Parterns, à Bloomberg. Chapple começou a receber, este ano, duas chamadas por dia de empresas do género, sendo que considera que estas deixaram de ser caras em comparação com os preços praticados pelos bancos de investimento.

Nos Estados Unidos, o mercado de expert networks é dominado pelo Gerson Lehrman Group, enquanto na Europa, a liderança pertende ao Third Bridge e ao AlphaSights. Todos eles têm uma rede de consultores internacionais e pacotes que vão desde os 100 mil dólares, aos quais acresce o valor por telefonema.

Fonte: Bloomberg com dados da Integrity Research
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