A estratégia da Pepsi sempre foi comunicar através de uma personalidade famosa do momento (desde Michael Jackson, a Madonna, Britney Spears, Beyoncé, Nicki Minaj, Lana del Rey… até a Kendal Jenner das Kardashians do momento). Por um lado, liga a marca a uma ideia de constante actualidade e de viver o momento, por outro, corre riscos de saltar de público-alvo em público-alvo, conforme estes se identificam mais ou menos com a personalidade seleccionada.
E agora?
“A Pepsi agora vai ficar quieta e vai refletir sobre o que aconteceu”, disse ao Jornal Económico Ana Paula Cruz, professora do IPAM. A interpretação do último anúncio da Pepsi foi muito polémico mas, para a docente, não teve uma “dimensão social grande o suficiente para por em causa a comunicação estratégica da marca.” Uma das piores situações pelas quais as empresas podem passar é, por exemplo, a venda de um produto estragado. “Não me parece que vão mudar a abordagem que têm tido em termos de comunicação, mas obviamente que vão ter repensar o tipo de mensagens que passam quando escolhem alguém para representar a marca. A próxima personalidade vai ter de ser muito bem pensada”, reforçou.
Nos EUA, o mercado é enorme e com as redes sociais hoje em dia é muito fácil que qualquer “erro” se torne viral muito rapidamente. O “caso” a que esta polémica reporta é local: poderia ter passado despercebido a nível mundial, mas sendo o “local” dos EUA um dos maiores centros dos mercados de Fast Moving Consumer Goods, é óbvio que tem impactos mundiais e as redes sociais, em tudo o que pode ter aspecto de polémica, não perdoam – sobretudo quando tocam em pontos quentes como as questões raciais ou discriminatórias de qualquer forma.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com