[weglot_switcher]

E agora? Como vai a Pepsi lidar com o ‘epic fail’?

Qual vai ser a próxima estratégia de marketing da marca? Falámos com Ana Paula Cruz, professora do IPAM, para perceber qual a real dimensão do anúncio para o futuro da Pepsi.
11 Abril 2017, 16h46

A estratégia da Pepsi sempre foi comunicar através de uma personalidade famosa do momento (desde Michael Jackson, a Madonna, Britney Spears, Beyoncé, Nicki Minaj, Lana del Rey… até a Kendal Jenner das Kardashians do momento). Por um lado, liga a marca a uma ideia de constante actualidade e de viver o momento, por outro, corre riscos de saltar de público-alvo em público-alvo, conforme estes se identificam mais ou menos com a personalidade seleccionada.

E agora?

“A Pepsi agora vai ficar quieta e vai refletir sobre o que aconteceu”, disse ao Jornal Económico Ana Paula Cruz, professora do IPAM. A interpretação do último anúncio da Pepsi foi muito polémico mas, para a docente, não teve uma “dimensão social grande o suficiente para por em causa a comunicação estratégica da marca.” Uma das piores situações pelas quais as empresas podem passar é, por exemplo, a venda de um produto estragado. “Não me parece que vão mudar a abordagem que têm tido em termos de comunicação, mas obviamente que vão ter repensar o tipo de mensagens que passam quando escolhem alguém para representar a marca. A próxima personalidade vai ter de ser muito bem pensada”, reforçou.

Nos EUA, o mercado é enorme e com as redes sociais hoje em dia é muito fácil que qualquer “erro” se torne viral muito rapidamente.  O “caso” a que esta polémica reporta é local: poderia ter passado despercebido a nível mundial, mas sendo o “local” dos EUA um dos maiores centros dos mercados de Fast Moving Consumer Goods, é óbvio que tem impactos mundiais e as redes sociais, em tudo o que pode ter aspecto de polémica, não perdoam – sobretudo quando tocam em pontos quentes como as questões raciais ou discriminatórias de qualquer forma.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.