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E vão sete. Anchorage encaixa 350 milhões e é o novo unicórnio com ADN português (com áudio)

A empresa cripto fundada por Diogo Mónica fechou uma ronda de financiamento série D, liderada pela norte-americana KKR, que lhe permitiu ultrapassar a avaliação de 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros). O objetivo passa também por apostar no talento nacional.
15 Dezembro 2021, 10h00

A fintech luso-americana Anchorage Digital, que opera como banco de criptomoedas nos Estados Unidos, é o novo unicórnio (empresa avaliada em mais de mil milhões) com ADN português, depois de receber um investimento de 350 milhões de dólares (cerca de 311 milhões de euros) liderado pela norte-americana KKR. A empresa fundada por Diogo Mónica anunciou esta quarta-feira que fechou uma ronda de financiamento série D que lhe permitiu ultrapassar a avaliação de 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros).

“À medida que mais e mais instituições procuram acrescentar serviços cripto às suas ofertas, encontramo-nos num ponto de inflexão. Este financiamento coloca a Anchorage Digital numa posição confortável para responder à procura institucional sem precedentes deste mercado em rápida evolução”, afirma o cofundador e CEO da Anchorage Digital, que há menos de um ano havia angariado 80 milhões do dólares (aproximadamente 65 milhões de euros).

Por trás deste investimento está ainda o banco Goldman Sachs, a Alameda Research, a Andreessen Horowitz, a Apollo, e fundos e contas geridas pela BlackRock, a Blockchain Capital, a Delta Blockchain Fund, a Elad Gil, a GIC, a GoldenTree Asset Management, a Innovius Capital, a Kraken, a Lux Capital, a PayPal Ventures, a Senator Investment Group, a Standard Investments, a Thoma Bravo e a Wellington Management.

A empresa cripto-nativa – que permite fazer transações de ativos digitais e custódia (proteção) dos mesmos para ajudar as instituições financeiras a proteger investimentos – vai utilizar o montante arrecado para tentar simplificar o envolvimento dos clientes com a inovação nesta área, aumentar o número de trabalhadores (em Portugal, inclusive) e de clientes e expandir a oferta de produtos que tem disponíveis. Para tal, contará com talento nacional.

“Estamos continuamente focados em Portugal, como estivemos no ano passado, e só prevemos que esse foco em Portugal aumente ao longo do próximo ano. Acreditamos que os resultados do sistema educativo de alta qualidade aqui em Portugal nos vai ajudar a continuar a crescer”, disse o CEO ao Jornal Económico (JE).

“A Anchorage tem dado prioridade à contratação de talentos de topo de todas as indústrias que se cruzam com nosso trabalho. Especificamente para assuntos legais e de conformidade, a Anchorage construiu uma equipa forte liderada por Georgia Quinn, a nossa general counsel, que traz uma vasta experiência de trabalho em questões legais e políticas cripto do seu anterior papel na CoinList, bem como experiência anterior em mercados de capitais”, refere ainda o empreendedor português ao JE.

Estamos continuamente focados em Portugal, como estivemos no ano passado – Diogo Mónica ao JE

A KKR investiu através do fundo Next Generation Technology Growth II. “Como pioneira em permitir o acesso de investidores institucionais a ativos digitais, a Anchorage construiu uma plataforma de ativos digitais de primeira classe, a nível institucional, que combina as melhores práticas de segurança moderna e usabilidade”, destaca Ben Pederson, da KKR.

“Será uma parte crucial da infraestrutura de ativos digitais e estamos entusiasmados por sermos um investidor”, completou Oli Harris, diretor de Ativos Digitais da América do Norte no Goldman Sachs.

A Anchorage nasceu na cidade do Porto e junta-se assim ao conjunto de seis unicórnios de base portuguesa: Farfetch, Feedzai, Outsystems (cujo investimento também partiu da KKR e Goldman Sachs), Remote, Sword Health e Talkdesk.

https://jornaleconomico.pt/noticias/do-tecnico-ate-53-o-da-criptografia-mundial-720888

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