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Economia da Coreia do Norte prestes a afundar ainda mais

A economia isolada da Coreia do Norte deverá seguir os ventos pouco favoráveis da economia global causados pela guerra da Ucrânia e pelos bloqueios decorrentes da pandemia na China, de acordo com vários analistas, que apontam para um duro golpe na recente recuperação do comércio fronteiriço, uma situação agravada pela escassez de alimentos devido à inflação.
3 Maio 2022, 21h00

A economia isolada da Coreia do Norte deverá seguir os ventos pouco favoráveis da economia global causados pela guerra da Ucrânia e pelos bloqueios decorrentes da pandemia na China, de acordo com vários analistas, que apontam para um duro golpe na recente recuperação do comércio fronteiriço, uma situação agravada pela escassez de alimentos devido à inflação.

“Como os preços dos alimentos na Coreia do Norte se movem frequentemente a par dos preços globais, é provável que vejamos as atuais subidas de preços dos alimentos espelharem-se também na Coreia do Norte ao longo do tempo”, comentou Benjamin Katzeff Silberstein, um perito económico do Stimson Center, sediado nos EUA, citado pela “Reuters”.

Os especialistas aludem às sanções internacionais rigorosas que proíbem ou restringem várias categorias de importações e exportações norte-coreanas e aos bloqueios feitos na fronteira nos últimos anos a fim de evitar surtos de Covid-19.

Além disso, catástrofes naturais como inundações também têm tido um impacto nas colheitas e danificado as infraestruturas.

Segundo os mesmos especialistas, o fluxo do comércio e da ajuda que recomeçou na fronteira terrestre com a China em janeiro provavelmente não terão aliviado a escassez de alimentos; na semana passada, o comércio foi novamente suspenso à medida que os casos de Covid-19 aumentaram na China.

Imagens desatélite a que a “Reuters” teve acesso mostram mercadorias em quarentena durante semanas ou meses em instalações portuárias terrestres e marítimas.

Os analistas explicam que é difícil perceber a gravidade da situação dado que as organizações internacionais que prestavam ajuda no país retiraram a maior parte das suas equipas com o prolongado encerramento das fronteiras.

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