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Eduardo Cabrita diz que novo diretor do SEF tem “prestígio indiscutível”

Eduardo Cabrita acredita que o novo diretor do SEF “tem as condições ideais que eu e o senhor primeiro-ministro entendemos necessárias para cumprir o programa do Governo”.
  • JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
18 Dezembro 2020, 12h20

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita enalteceu esta sexta-feira, 18 de dezembro, o percurso de Miguel Botelho, o novo diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que irá substituir Cristina Gatões no cargo.

“É um cidadão, hoje general na reforma, que tem um prestígio indiscutível e que por isso, tal como demonstra o seu percurso de vida e profissional, assim como as funções que desempenhou no Ministério da Administração Interna, tem as condições ideais que eu e o senhor primeiro-ministro entendemos necessárias para cumprir o programa do Governo”, apontou Eduardo Cabrita aos jornalistas em Salvaterra de Magos.

O governante destacou que Miguel Botelho esteve “por exemplo na reposição de fronteiras em março que juntamente com o SEF foi executada pela GNR quando ao fim de 35 anos com grande capacidade a Guarda Nacional Republicana colaborou”. Eduardo Cabrita frisou que, sem esta cooperação, as fronteiras com Espanha não se tinham fechado de forma tão célere.

Quanto a uma possível junção do SEF a outra força policial, Eduardo Cabrita afirmou que “o programa do Governo prevê a separação [do SEF] das funções policiais e as funções administrativas e o que estamos a fazer atempadamente passa por desencadear aquilo que o senhor Presidente da República qualificou como uma verdadeira revolução, isto é, uma alteração do programa do Governo”.

A nova liderança do SEF foi anunciada esta sexta-feira em comunicado. O sucessor de Cristina Gatões, o tenente-general Botelho Miguel, exerceu diferentes cargos de comando entre 2010 e 2020 na Guarda Nacional Republicana. Desde julho, deixou de ter funções enquanto Comandante-Geral.

Em causa está a morte do ucraniano Ihor Homeniuk nas instalações do SEF. O caso motivou a demissão da antiga diretora do SEF, Cristina Gatões, uma decisão que segundo Eduardo Cabrita, veio demasiado tarde. “Eu cometo erros quer de tempo quer de avaliação. Mas no contexto do que era possível fazer face à tragédia com que fomos confrontados, o essencial foi feito a dia 30 [de março]. A senhora diretora do SEF podia ter cessado funções na altura? Obviamente que podia. Mas nem o processo crime nem o processo disciplinar a envolvem”, disse Eduardo Cabrita em entrevista à Renascença a 17 de dezembro.

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