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Eleições em França. Afluência às urnas até às 17h toca mínimos de 2002

Cerca de 49 milhões de franceses foram chamados a votar este domingo nas eleições presidenciais que colocam Emmanuel Macron e Marine Le Pen como principais candidatos ao Eliseu. Abstenção continua a ser a maior incógnita.
  • Gonzalo Fuentes/Reuters
10 Abril 2022, 16h33

A taxa de abstenção em França, este domingo, deverá estar prestes a atingir  o número mais elevado desde as últimas eleições, em 2017.

Até às 17h de hoje (16h, em Lisboa), 65% dos eleitores já tinha votado — 4,4 pontos percentuais abaixo do valor registado nas últimas eleições presidenciais, em 2017 (69,42%), embora substancialmente mais elevado do que o valor mínimo até à data obtido em 2002: 58%. Em 2007, a esta hora, a taxa de participação era de 73,9%. Em 2012, era de 70,6%.

Recorde-se que às 12h de hoje, e de acordo com o Ministério da Administração Interna francês, 25,48% dos eleitores já tinha depositado o seu voto nas urnas, um valor inferior àqueles registado no mesmo período em 2017, altura em que 28,54% dos eleitores tinha votado. Ainda assim, a participação continua a ser superior àquela em 2002 (21,40%).

A abstenção continua a ser uma das grandes preocupações dos 12 candidatos ao Eliseu, que têm vindo a apelar a que os eleitores exerçam o seu direito ao voto, numa tentativa de evitar atingir-se um recorde na taxa de abstenção. Segundo os dados do Governo francês, cerca de 49 milhões de pessoas foram chamadas para votar.

As sondagens realizadas pelo “Politico” preveem um recorde na abstenção de 31% — sendo que a maioria será da faixa etária mais jovem —, um valor superior aos 27% dos eleitores que pretendem reeleger Macron.

A última atualização da afluência às urnas em França é às 20h em França, (19h, em Lisboa), altura em que se encerram as urnas.

Emmanuel Macron e Marine Le Pen são os dois candidatos de destaque e que deverão seguir para uma segunda volta, a 24 de abril, de acordo com as sondagens. Há cerca de um mês, o presidente francês tinha intenções de voto de 30% mas agora está na fasquia dos 27% (segundo o site especializado “Politico”, que faz uma espécie de média das principais sondagens).

Em plano inverso está Marine Le Pen – comummente considerada uma das políticas europeias a quem o presidente russo, Vladimir Putin reserva amizades e financiamentos consideráveis. Le Pen estava à frente das sondagens até junho passado, altura em que começou a descer nas tabelas até ser ultrapassada (em outubro) pelo inesperado ‘fenómeno Éric Zemmour” – mais um extremista de direita que, apesar da sua ascendência berbere (tal como a da sua mulher e por isso dos seus descendentes), é explicitamente contra a instalação de imigrantes no território francês, a não ser, claro, que alguém deles precise. Neste momento, Le Pen tem 22% de intenções de voto – passou por um máximo de 27% em junho do ano passado e por um mínimo de 16% em outubro. Desde a invasão da Ucrânia que está a subir nas sondagens.

Notícia atualizada às 16h34 com a atualização das 17h (16h, em Lisboa) sobre a afluência às urnas

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