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Embaixador alemão em Kiev entende que Ucrânia pode satisfazer condições para adesão à UE

Na semana passada, a Comissão Europeia recomendou ao Conselho da UE que confirmasse a perspetiva da Ucrânia, Moldávia e Geórgia de se tornarem membros da UE, naquele que foi “um dia histórico”, nas palavras da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, “no pressuposto de que serão tomadas medidas numa série de áreas”.
20 Junho 2022, 15h21

A embaixadora alemã em Kiev, Anka Feldhusen, entende que a Ucrânia pode facilmente satisfazer a condição de reforma exigidas pela União Europeia (UE), segundo a “Interfax”, a fim de se tornar país candidato ao bloco.

“Penso que a Ucrânia pode facilmente fazê-lo, porque tais requisitos já estão em vigor há anos. Foram feitos alguns progressos. Talvez este não seja o tipo de progresso que os ucranianos gostariam de ver, especialmente na reforma do sistema judicial. Nós, os vossos parceiros, especialmente o G7, estamos em contacto com o governo ucraniano nestas matérias”, comentou Feldhusen durante uma conferência de imprensa.

Nas palavras de Feldhusen, a reforma judicial na Ucrânia é tida como a mais importante: “A reforma da descentralização tem sido bastante bem sucedida. Creio que esta é verdadeiramente uma história de sucesso”.

A reforma do sistema judicial “nunca foi fácil” (…) Mas muito pode ser feito neste campo se houver vontade política”, continuou a diplomata alemã.

Na semana passada, a Comissão Europeia recomendou ao Conselho da UE que confirmasse a perspetiva da Ucrânia, Moldávia e Geórgia de se tornarem membros da UE, naquele que foi “um dia histórico”, nas palavras da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, “no pressuposto de que serão tomadas medidas numa série de áreas”.

“Temos uma mensagem clara, que é: sim, a Ucrânia merece a perspetiva europeia, e sim, a Ucrânia deve ser acolhida como país candidato”, anunciou em Bruxelas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Os países membros da UE reúnem-se na quinta e na sexta-feira para decidir se concedem oficialmente à Ucrânia o estatuto de candidato à adesão, algo que exige a unanimidade dos 27.

Volodymyr Zelensky disse ontem à noite temer que “a Rússia intensifique os ataques esta semana”, antes da discussão sobre a candidatura da Ucrânia à adesão à UE.

Hoje “começa uma semana verdadeiramente histórica”, proclamou Zelensky, no seu discurso diário em vídeo, em que a Ucrânia terá “a resposta da União Europeia sobre o status de candidato”.

“Desde 1991, houve poucas decisões tão vitais para a Ucrânia quanto a que aguardamos hoje”, acrescentou, dizendo estar “convencido de que apenas uma resposta positiva é do interesse de toda a Europa”.

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