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Equipa da OMS na China não exclui que o novo coronavírus possa ter escapado de laboratório

A equipa que procura averiguar a origem do coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 mostra-se confiante na colaboração das autoridades e comunidade científica chinesas, apesar das críticas ao controlo feito a estes cientistas ocidentais.
4 Fevereiro 2021, 10h56

Um dos médicos membro da equipa da Organização Mundial de Saúde (OMS) que está de visita a Wuhan para averiguar a origem do novo coronavírus responsável pela SARS-CoV-2 afirma, em entrevista exclusiva à Sky News, que têm tido acesso a dados que ainda ninguém havia visto, mostrando-se confiante na colaboração das autoridades chinesas com este processo.

Peter Daszak, zoólogo e presidente de uma organização não-governamental de prevenção de pandemias, destacou a oportunidade de questionar pessoas no terreno, incluindo no mercado ao ar livre de Wuhan, onde os primeiros casos de Covid-19 foram identificados.

“Fomos ao mercado dar uma vista de olhos e colocar questões por nossa conta, reunimo-nos com gerentes do mercado, vendedores que trabalham lá e pessoas da comunidade para lhes colocar questões”, explicou Daszak. “Temos falado com pessoas que recolheram amostras do chão do mercado e depois testaram positivo. É este género de informação que temos obtido e que interessa realmente.”

A equipa da OMS tem tido contacto com vários cientistas e investigadores chineses que têm investigado as origens do vírus, numa tentativa de determinar a sua origem. Algumas teorias apontam para a possibilidade de este ter escapado do Instituto de Virologia de Wuhan, onde cientistas assumidamente manipulavam vários tipos de coronavírus. Peter Daszak não excluiu esta hipótese.

As críticas ao controlo feito pelo Governo chinês aos cientistas também mereceram um reparo do membro da equipa da OMS, que sublinhou que esta irá sempre para “onde apontarem as provas”. A equipa deverá prosseguir a sua investigação, depois de ter visitado o Instituto de Virologia esta quarta-feira.

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