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“Esquadras móveis que são paliativos”. O que dizem os políticos sobre a crise na polícia?

O PSD crítica as unidades móveis, tal como o PCP. Já o Chega diz que é errada a ideia de que o país tem “muitos polícias”.
28 Julho 2022, 10h29

Nos últimos dias tem sido notícia a falta de polícias, o que já levou ao encerramento da maior esquadra do Porto no fim de semana passado e ao anúncio da criação de esquadras móveis. Da direita à esquerda, alguns partidos têm manifestado a sua opinião sobre o assunto.

PSD defende que esquadras móveis são “paliativo”

Em declarações a partir da Assembleia da República, o deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira disse que as esquadras móveis “podem ser um paliativo, um remedeio, pode ser uma urgência, não é uma solução de recurso”. “Dizer que se fecha uma esquadra física e nós abrimos duas móveis, isto se não fosse grave, era de rir”, acrescentou.

Na segunda-feira, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, confirmou que ia ser testada uma unidade móvel de atendimento no Porto para reforçar o policiamento da cidade

Paulo Rios de Oliveira referiu ainda que, “neste momento, o PSD defende que o ministro da Administração Interna explique que estratégia tem para as forças de segurança”.

Chega diz que é errado ideia de que país tem muitos polícias

Após a reunião com representantes de dois sindicatos da polícia, André Ventura afirmou que “é errada” e uma “falácia” a ideia de que Portugal é um “país com muitos polícias”, como indicou o ministro da Administração Interna. Na mesma ocasião, Ventura sublinhou que “é praticamente inevitável que venham a encerrar mais esquadras”.

Na segunda-feira, o ministro da Administração Interna afirmou que Portugal tem mais polícias por 100 mil habitantes comparativamente a outros países europeus.

O Chega vai pedir também ao Parlamento que exista “uma comissão de inquérito sobre Relatório Anual de Segurança Interna (RASI” que têm vindo a ser publicados” porque, segundo Ventura, “esta ideia que todos os anos é publicada de que a criminalidade diminui não é consistente com as notícias que todos os dias nos chegam a casa”.

PCP crítica “paliativos” apresentados pelo ministro da Administração Interna

Em linha com o PSD, também o PCP referiu-se às unidades móveis como “paliativos”. “O Ministro da Administração Interna, face ao problema de falta de efetivos obrigando ao encerramento de esquadras, quer no caso em presença da PSP, quer também de postos da GNR, vem anunciar como novidade uma experiência: postos móveis em zonas de maior afluência turística”, destacaram os comunistas em comunicado.

Os comunistas apontam ainda que “os presidentes das Câmaras Municipais do Porto e de Lisboa, que vieram a público lamentar e reclamar medidas, convergem no essencial com as medidas anunciadas pelo Governo que não passam de remendos destinadas a  tapar os problemas estruturais existentes para “turista não ver”. De recordar que o autarca de Lisboa pediu ao Governo esquadras móveis nas zonas mais problemáticas de Lisboa.

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