O Estado português, pela mão do Governo liderado por António Costa, mantém em aberto a opção de regressar ao capital dos CTT, garantiu hoje, dia 13 de janeiro, Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, na audição parlamentar sobre a discussão na especialidade do OE 2020, que está a decorrer na Assembleia da República, no âmbito da Comissão de Economia e Obras Públicas.
“Não excluímos nenhum cenário. Estamos a preparar a renegociação do contrato de concessão. Em relação ao inventário [do património] da empresa, é difícil termos conhecimento do mesmo, o que deixaria o Estado relativamente desprotegido se excluíssemos o regresso ao capital dos CTT. E nós não excluímos o regresso do Estado ao capital da empresa, mas também não temos essa decisão tomada em cima da mesa”, assegurou o ministro das Infraestruturas.
Neste momento, Pedro Nuno Santos está concentrado no processo de renegociação do contrato de concessão, querendo garantir que os CTT vão votar a estar presentes em todo o território nacional, assim como o relacionamento dos CTT& com as juntas de freguesia, num trabalho que está a ser desenvolvido em conjunto com a ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias.
“Queremos garantir presença em todo o território. Isso não foi garantido na privatização e por isso é que os CTT desapareceram de 33 concelhos do país”, acusou o governante.
Pedro Nuno Santos relembrou ainda que na União europeia só há quatro países que têm as suas empresas de correios privatizadas a 100%: Holanda, Reino Unido, Malta e Portugal.
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