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EUA: Desemprego cai para os 6,3% com a economia a criar 49 mil postos de trabalho em janeiro

Depois da perda de postos de trabalho em dezembro, que fez soar alarmes, os dados de criação de emprego de janeiro mostram números tímidos, mas animadores e em linha com o expectável. Ainda assim, a descida na taxa de desemprego foi motivada sobretudo por uma diminuição na taxa de participação na economia.
  • Estados Unidos
5 Fevereiro 2021, 14h57

A economia norte-americana registou um aumento de 49 mil postos de trabalho criados em janeiro, um retorno à criação de emprego no país, depois de dezembro ter verificado uma destruição de 227 mil postos, valor que resulta da revisão dos 140 mil empregos destruídos inicialmente avançados. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

Este indicador fica perto das expectativas do mercado, que apontavam para um aumento de 50 mil empregos.

A taxa de desemprego da maior economia do mundo também caiu, passando de 6,7% para 6,3%, contrariando as previsões de Wall Street que apontavam para uma variação nula em janeiro. Assim, esta variação resulta, em grande parte, da queda na taxa de participação, com 406 mil trabalhadores a deixarem de fazer parte da força laboral americana.

O sector mais afetado continua a ser o da hospitalidade, dadas as restrições ao turismo e lazer que a pandemia criou. Esta área perdeu mais 61 mil empregos no passado mês de janeiro, que acrescem aos 536 mil em dezembro. O retalho também sofreu algumas quedas, com menos 38 mil trabalhadores na área em janeiro, depois do pico de procura motivado pela época festiva.

Por outro lado, os sectores onde se verificaram maiores acréscimos no número de postos de trabalho foram os serviços, com mais 97 mil, e a educação, com 49 mil. Apesar do cenário de incerteza que envolve a economia norte-americana, o processo de vacinação e a diminuição dos contágios na maioria do território dão alguma esperança que a economia consiga recuperar parte do fulgor que registava antes da pandemia.

Este é um dos motivos para a ligeira recuperação experienciada em janeiro, quando alguns estados começaram a aliviar restrições à circulação e à atividade económica. Ainda assim, o Comité Orçamental do Congresso estima que o número de trabalhadores empregados nos EUA só retome os valores pré-Covid em 2024.

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