EUA e Europa admitem suspender importações de petróleo da Rússia (com áudio)

Os Estados Unidos e os Aliados europeus poderão vir a banir as importações de gás da Rússia, segundo o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, uma possibilidade já abordada pela presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Apesar de fortemente dependente da Rússia para o fornecimento de petróleo e gás natural, o que parecia inicialmente uma ideia remota para a Europa pode vir mesmo a concretizar-se, apurou a “Reuters” junto de uma fonte próxima das conversações, com os aliados europeus a admitirem banir produtos com origem russa.

“Estamos em conversações muito intensas com os nossos parceiros europeus sobre parar as importações de gás para os nossos países (…)”, disse Blinken numa entrevista ao “Meet the Press” da “NBC”.

Até agora, o petróleo e o gás russos não estão abrangidos pelas sanções económicas impostas pela União Europeia.

O preço do petróleo bruto Brent para entrega em maio subiu hoje 12,25% no mercado de futuros de Londres, alcançando o valor mais alto desde 21 de julho de 2008.

A cotação do barril de Brent, que serve de referência na Europa, atingiu os 130,21 dólares (119,7 euros) por barril.

Pelosi, avançou que o país está a “explorar” uma legislação que prevê a proibição das importações de petróleo da Rússia, uma medida que visa isolar ainda mais o país da economia global.

“O nosso projeto de lei proibiria a importação de petróleo e produtos energéticos russos para os Estados Unidos, revogaria as relações comerciais normais com a Rússia e a Bielorrússia, e daria o primeiro passo para negar à Rússia o acesso à Organização Mundial do Comércio. Também daríamos poderes ao ramo executivo para aumentar os direitos aduaneiros sobre as importações russas”, é referido numa carta publicada na página oficial do Congresso dos EUA.

Além disso, a Administração Biden solicitou 10 mil milhões de dólares em apoio humanitário, militar e económico para a Ucrânia, na sequência de um pedido de emergência do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.