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EUA finalizam planos para desviar gás para a Europa se Rússia cortar fornecimento

A medida surge numa altura em que as tensões entre a Ucrânia e a Russia aumentam e o preço do gás natural continua a aumentar.
25 Janeiro 2022, 16h31

Os EUA estão a preparar planos para desviar gás natural para a Europa se a Rússia decidir cortar o fornecimento. De acordo com a notícia avançada pelo “The Guardian”, membros governamentais dos EUA revelaram que têm estado a negociar com fornecedores globais, numa altura em que aumentam os receios da invasão da Ucrânia por parte da Rússia e o preço do gás soma e segue

A Rússia já restringiu o fluxo de gás natural através do gasoduto que atravessa a Ucrânia de cerca de 100 milhões de metros cúbicos por dia para 50, segundo fontes norte-americanas. Washington estima agora que será possível fazer essa substituição rapidamente se o gasoduto for cortado de forma deliberada ou em resultado de um conflito.

“Para assegurar que a Europa é capaz de passar o inverno e a orimavera, esperamos estar preparados para assegurar abastecimentos alternativos que cubram uma maioria significativa do que estiver em falta”, comentou um alto funcionário.

Os receios de que Putin cortasse o fornecimento de gás fizeram com que alguns países europeus, como a Alemanha, receassem impor sanções à Rússia no caso de invasão da Ucrânia. Face a isto, os EUA estão a preparar controlos de exportação sobre a tecnologia ocidental, o que paralisaria os esforços de Putin para diversificar a economia russa.

Biden admite ainda impor restrições às exportações para a Rússia de software e hardware de alta tecnologia feitos pelos EUA e pelos seus aliados, o que afetaria as ambições russas nos domínios da aeronáutica, defesa, inteligência artificial, computadores quânticos, entre outros.

“Quando escolhemos estes setores, é feito de forma bastante deliberada”, disse outro funcionário, sublinhando que são áreas “que o próprio Putin tem defendido como o caminho a seguir pela Rússia para diversificar a sua economia para além do petróleo e gás”, o que “levaria a uma atrofia da capacidade produtiva da Rússia ao longo do tempo”.

No ano passado, os preços das matérias-primas dispararam quase generalizadamente, sobretudo o gás natural, que disparou 430% no mercado holandês, a referência na Europa. A tendência mantém-se na maioria delas este ano.

 

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