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EUA, França e Reino Unido bombardeiam alegadas instalações de armas químicas na Síria

Desta vez não é “bluff”. Donald Trump anunciou o lançamento de “ataques de precisão contra alvos associados com as capacidades de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad”, em coordenação com a França e o Reino Unido, e cumpriu. “Al-Jazeera” noticia que as baterias anti-aéreas do regime sírio “responderam ao ataque desta noite”.
14 Abril 2018, 02h58

Os EUA, a França e o Reino Unido avançaram esta noite com uma operação militar conjunta na Síria, bombardeando alvos que estarão associados a instalações de armas químicas utilizadas pelo regime de Bashar al-Assad. Trata-se de uma retaliação contra o alegado “ataque químico” da semana passada em Damasco, atribuído ao regime de Assad, que causou 40 vítimas mortais.

O objetivo consiste em impedir “a produção, disseminação e utilização de armas químicas”, segundo Donald Trump, presidente dos EUA.

“Ordenei às forças armadas dos Estados que lancem ataques de precisão contra alvos associados com as capacidades de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad”, declarou Trump esta noite, na Casa Branca. De acordo com o presidente dos EUA, os ataques seriam realizados em coordenação com a França e o Reino Unido.

Ao mesmo tempo que Trump anunciava a operação militar reportaram-se várias explosões em Damasco, segundo noticia a Al-Jazeera. A mesma estação televisiva informa que as baterias anti-aéreas do regime “responderam ao ataque desta noite”.

Por seu lado, uma testemunha citada pela Reuters diz que Barzeh, uma zona na região norte de Damasco onde está instalado um laboratório científico, foi atingida pelo bombardeamento dos EUA e respetivos aliados europeus. O jornal “The Guardian” revela que quatro caças Tornado da Força Aérea Real (“RAF – Royal Air Force”) levantaram voo a partir do Chipre e lançaram mísseis contra uma antiga base militar na Síria, perto da cidade de Homs, “onde o regime sírio terá mantido precursores de armas químicas”.

Em conferência de imprensa no Pentágono, EUA, o general Joseph Dunford afirma que os EUA “identificaram especificamente” alvos para “mitigar o risco de forças russas serem envolvidas”.

O mesmo general, líder do Estado-Maior Conjunto dos EUA, assegura que “esta vaga de ataques aéreos terminou e por isso é que estamos a falar agora”. Ou seja, a conferência no Pentágono realizou-se após a conclusão da primeira operação de bombardeamentos na Síria. Quase ao mesmo tempo, a televisão estatal da Síria noticia que os mísseis que alvejaram Homs foram interceptados e não causaram danos.

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