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EUA: Inflação sobe menos do que esperado em julho para 3,2%

A primeira subida do indicador homólogo de preços num ano era já esperada, dado que se dissipa o efeito base criado pela crise energética no ano passado, mas os 3,2% divulgados até foram melhores do que a expectativa de 3,3%. A habitação é agora o principal motor da inflação nos EUA.
10 Agosto 2023, 14h34

A inflação nos EUA voltou a acelerar em julho, embora menos do que esperado pelo mercado. A leitura do mês revelou uma taxa homóloga de 3,2%, uma subida em relação aos 3,0% de junho, mas menor do que a projetada, de 3,3%. Em cadeia, o índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,2%.

EUA: Inflação em junho recua para mínimos de dois anos com 3,0%

Foi a primeira subida do indicador homólogo em 12 meses, numa altura em que os efeitos base da componente energética se dissiparam. Recorde-se que, depois do disparo do petróleo e gás natural nos mercados internacionais após a invasão russa da Ucrânia em 2022, os preços estabilizaram após o pico de junho, pelo que a comparação homóloga deste mês já não revela uma descida considerável destes bens.

Assim, os dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA mostram que os bens energéticos experienciaram uma subida de 0,1% em cadeia, isto apesar dos aumentos das cotações do petróleo e da subida dos combustíveis no país – a rubrica de ‘fuel oil’ avançou 3% em relação ao mês passado. Ainda assim, em cadeia, a componente energética caiu 12,5%.

Já a alimentação registou uma taxa homóloga de 4,9%, fruto de uma subida em cadeia de 0,2%. Excluindo estas duas categorias, o indicador subjacente registou uma subida de 0,2% em comparação com junho, o que se traduziu numa subida homóloga de 4,7%. No mês passado, este subindicador havia ficado em 4,8%, valor que os analistas projetavam que se manteria na leitura de julho.

A subida da inflação foi, portanto, responsabilidade quase exclusiva da rubrica de alojamento e habitação, que subiu 0,4% em cadeia e registou uma variação homóloga de 7,7%.

Noutro relatório do Departamento de Estatísticas do trabalho, divulgado esta quinta-feira, é possível verificar que os ganhos salariais foram de 1,1% em relação a um ano atrás, ou seja, de 0,3% em comparação com junho.

Com a Reserva Federal a dizer-se agora completamente dependente dos dados macro que forem sendo divulgados, os números desta quarta-feira darão alguma margem de manobra para manter as taxas inalteradas em setembro, concordam os analistas. A subida de julho no indicador de preços era esperada e até foi menos intensa do que projetado, sinalizando o aliviar das tensões inflacionistas na maior economia do mundo e a probabilidade acrescida da ‘aterragem suave’ almejada pelos decisores de política monetária.

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