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EUA levam Rio Tinto a tribunal

A Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla original) formalizou acusações contra a Rio Tinto e dois dos seus antigos executivos de topo, por fraude. O Reino Unido já negociou um acordo e as autoridades australianas começaram a investigar a empresa.
18 Outubro 2017, 13h22

A SEC – Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos, formalizou na passada terça-feira as acusações de fraude contra a Rio Tinto e dois dos seus antigos gestores de topo, o antigo CEO da Rio Tinto, Thomas Albanese, e Guy Elliott, o FCO. Em causa está a alegada inflação do valor dos ativos de carvão da empresa em Moçambique e a ocultação de informação crítica, ao mesmo tempo que tirava milhares de milhões de dólares do mercado.

Na mesma altura, a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA, na sigla original) deu conta de ter chegado a um acordo extrajudicial com a RioTinto, ao abrigo do qual a empresa pagará cerca de 30 milhões de euros às autoridades, por causa da quebra de regras de contabilidade no que respeita aos ativos moçambicanos.

Recorde-se que o negócio moçambicano de carvão da Rio Tinto foi comprado à Riversdale Mining em 2011 por 3,1 mil milhões de euros, tendo sido vendido alguns anos depois por 42 milhões de euros.

As alegações falsas dos executivos da Rio Tinto terão permitido angariar mais cinco mil milhões de euros junto de investidores nos EUA, mesmo depois de serem avisados pela subsidiária moçambicana de que a empresa estava com resultados negativos, na ordem dos 650 milhões de euros. Numa declaração por escrito, a que a Reuters teve acesso, Albanese declara que “não existe verdade em nenhuma destas acusações”. Por seu turno, Elliot, através de uma porta-voz, declarou à Reuters contestar vigorosamente estas acusações.

No mesmo documento em que oficializa as acusações, a SEC revela que a sua homóloga australiana está também a investigar a contabilidade da Rio Tinto no que respeita aos seus ativos em Moçambique.

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