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EUA: mil soldados ‘dreamers’ arriscam ser expulsos do país

O fim do Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) poderá afetar as forças armadas norte-americanas, que viam nestes jovens valiosos recrutas.
8 Setembro 2017, 19h53

O fim do programa que protegia filhos de imigrantes ilegais nos EUA e jovens que entraram ilegalmente no país pode ter um impacto significativo nas forças armadas. Conhecidos como dreamers (sonhadores, em português), este jovens tornaram-se alvo de recrutamento pelo exército norte-americano.

O DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals, em inglês), é um programa lançado em 2012 durante a Administração Obama que concede vistos e números de segurança social aos emigrantes ilegais que foram para os EUA enquanto crianças ou aos filhos de emigrantes ilegais que nasceram nos EUA.

O presidente Donald Trump quer, no entanto, por fim ao programa, cumprindo a promessa eleitoral de deportar todos os emigrantes ilegais. Dos 800 mil dreamers que poderão ser obrigados a deixar o país, cerca de mil são recrutas que ainda não conseguiram cidadania norte-americana, de acordo com dados compilados pelo Washington Post.

No âmbito do DACA, o Pentágono criou ainda um programa chamado Military Accessions Vital to the National Interest (MAVNI), que visa acelerar o processo de concessão de cidadania a jovens militares devido ao seu interesse para a defesa nacional. Desde o início da iniciativa, em 2009, já passaram pelo MAVNI 10,400 pessoas.

Mas o fim não deverá ser imediato. Trump vai conceder ao Congresso norte-americano seis meses para criar legislação que substitua a lei atual, uma decisão que representa um compromisso face aos membros do próprio partido, que já se manifestaram contra o fim do programa de apoio a estes jovens emigrantes.

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