A Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSF) e a Seleção Nacional Feminina dos Estados Unidos (USWNT) chegaram a acordo para encerrar uma disputa legal sobre igualdade salarial, de acordo com um comunicado conjunto divulgado esta terça-feira. A partir de agora, vai haver remuneração igual em todos os jogos e campeonatos.
“Temos o prazer de anunciar que, dependendo da negociação de um novo acordo coletivo de trabalho, resolvemos a longa disputa sobre igualdade salarial e orgulhosamente nos unimos num compromisso compartilhado de promover a igualdade no futebol”, disse o documento citado pela “CNN”.
As jogadoras vão receber uma indeminização de 22 milhões de dólares (cerca de 19,4 milhões de euros), para além de além de 2 milhões de dólares (quase 1,8 milhões de euros) adicionais para atingirem os “seus objetivos pós-carreira e esforços de caridade relacionados ao futebol”.
A disputa remonta a março de 2019, quando a USWNT entrou com uma ação de discriminação de género contra a USSF. O acordo fará com que as seleções femininas e masculinas recebam uma remuneração igual em todos os jogos e campeonatos, incluindo o Mundial de Futebol.
“Chegar até aqui não foi fácil”, ressalva o comunicado. “As jogadoras da Seleção Nacional Feminina dos EUA alcançaram um sucesso sem precedentes enquanto trabalhavam para alcançar salários iguais para si e para futuros atletas”, promovendo “oportunidades para as raparigas e mulheres nos Estados Unidos e em todo o mundo”.
Megan Rapinoe, duas vezes campeãs do Campeonato Mundial de Futebol, disse na “CBS Mornings” estar particularmente orgulhosa da justiça que a próxima geração vai gozar: “é pagamento igual em todos os níveis daqui em diante”.
A jogadora acredita que os efeitos de longo prazo do acordo podem levar a um sucesso ainda maior para a seleção. “As próximas jogadoras terão uma capacidade muito melhor de jogar. Com este acordo, provavelmente serão melhores do que nunca, esse é o objetivo”, esclareceu.
A capitã de equipa, Alex Morgan, disse, no mesmo programa, que o acordo é um “grande passo” e que consertar o relacionamento com a USSF “é uma grande parte dele”.
“Sentimo-nos muito confortáveis, felizes e orgulhosas com o momento que temos agora, porque é uma grande vitória para nós, para o desporto feminino, para as mulheres em geral”, acrescentou.
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