Um em cada três muçulmanos a viver nos Estados Unidos teme pela sua segurança e receia ser atacado por grupos extremistas que defendem a supremacia branca. O número equivale a 38% dos muçulmanos no país e é o mais alto em comparação com outras religiões, segundo realizado antes da tomada de posse de Donald Trump, pelo Instituto de Política Social e Entendimento e citado pela agência Reuters.
Antes das eleições norte-americanas que levaram Donald Trump à Casa Branca, um em cada cinco muçulmanos consideravam abandonar o país se necessário, enquanto o presidente dos EUA quer restringir a entrada de muçulmanos no país.
No que diz respeito a outras religiões, 27% dos judeus, 11% dos protestantes, 8% dos católicos e 16% das pessoas que se identificaram como não tendo religião, mostraram a mesma preocupação.
Além do medo que sentem os adultos, 42% dos muçulmanos afirmam que os filhos foram vítimas de bullying na escola devido à religião, revelou o mesmo estudo. O bullying entre crianças muçulmanas é quatro vezes superior ao geral da população e um em cada quatro casos involve um adulto como o próprio professor.
Quanto ao género, as mulheres também são as mais afetadas. O número de mulheres muçulmanas ou de origem árabe que afirmaram terem sido alvo de discriminação religiosa é superior ao número de homens, bem como ao número de pessoas de outras etnias.
O medo levou a uma diminuição na participação da população muçulmana nas eleições presidenciais. Apenas 61% dos muçulmanos votaram, menos do que em qualquer outro grupo religioso. Um em cada três afirmaram que não votaram porque não se identificavam com nenhum candidato, de acordo com o estudo que incluiu 2,389 pessoas e foi realizado entre os dias 4 e 23 de janeiro.
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