Gianni Pittella admitiu interesse no modelo político implementado em Portugal, numa entrevista conjunta à “TSF” e ao “Diário de Notícias”. O presidente do grupo Socialistas e Democratas estará em Portugal para uma série de reuniões, incluindo com o primeiro-ministro, e considera que um acordo como o do Governo português “é uma experiência muito útil”.
“O compromisso alcançado António Costa foi o único compromisso possível, para garantir um governo progressista em Portugal”, afirmou Pitella. “Com este tipo de governo não há, absolutamente, qualquer diminuição do impulso europeu que António Costa e os camaradas socialistas portugueses estão a dar. É possível fazer uma aliança, ainda que com as forças progressistas mais radicais, sempre no âmbito do apoio de uma posição europeísta”.
O socialista considera que um acordo como o da “geringonça” não põe em causa a integridade do projeto europeu, nem da Aliança Atlântica. Aliás, “a experiência de António Costa é uma experiência muito útil para nós”, disse Pitella, que quer usar o exemplo para estabelecer alianças com os verdes, forças progressistas da esquerda, Organizações Não Governamentais (ONG), sindicatos, organizações sociais, organizações ambientais e associações culturais e civis.
Gianni Pittella, que se candidatou à presidência do Parlamento Europeu, mas perdeu para Antonio Tajani, acrescentou ainda a Europa poderá aprender com Portugal sobre política económica. “A lição é que a boa governação da aliança de esquerda e progressista pode, por um lado, melhorar a condição das finanças públicas e, por outro, melhorar as condições de vida dos cidadãos”, afirmou à “TSF” e ao “DN”.
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