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Ex-presidente da Coreia do Sul interrogada em tribunal por suspeitas de corrupção

Park Geun-hye é suspeita de ter recebido doações no valor de 37,6 milhões de euros do herdeiro da multinacional sul-coreana Samsung, Lee Jae-Yong, em troca de favores de políticos.
21 Março 2017, 10h51

A chefe de Estado sul-coreana destituída, Park Geun-hye, está a ser ouvida esta terça-feira na procuradoria de Seul no âmbito de um inquérito ao caso de corrupção “Rasputina”, que levou à sua destituição. A ex-governante, ouvida pela primeira vez em tribunal, é suspeita de ter recebido doações no valor de 37,6 milhões de euros do herdeiro da multinacional sul-coreana Samsung, Lee Jae-Yong, em troca de favores de políticos.

Park Geun-hye insiste que está inocente e que nunca esteve envolvida em nenhum esquema de subornos do império Samsung. A antiga presidente fez uma breve declaração a pedir perdão a todos os sul-coreanos e prometeu responder a todas as perguntas dos investigadores “escrupulosamente”.

O escândalo envolve a sua amiga e confidente, Choi Soon-sil, que terá sido cúmplice da ex-presidente ao obrigar os grandes grupos industriais do país a pagar avolutadas somas de dinheiro a organizações relacionadas com a amiga da chefe de Estado. Em troca receberiam um tratamente “mais favorável por parte das autoridades”.

Para além de crimes de suborno, ao ter permitido que Choi Soon-sil se intrometesse em assuntos do Estado, sem ter qualquer título oficial, Park Geun-hye está ainda indiciada por tráfico de influências e abuso de poder. Park Young-Soo, responsável pela equipa de investigadores ao caso, afirma que o caso “traduz um ciclo crónico de corrupção na sociedade sul-coreana”.

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