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Ex-primeiro-ministro à frente das presidenciais da Guiné-Bissau e atual Chefe de Estado fora da segunda volta

Domingos Simões Pereira disputa segunda volta com Umaro Sissoco Embaló a 29 de dezembro, enquanto José Mário Vaz não foi além da quarta posição e não poderá continuar na presidência do país lusófono.
27 Novembro 2019, 13h28

O ex-primeiro-ministro e atual líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, foi o candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, realizadas no domingo, somando 40,13% dos votos. E além de confirmar o favoritismo viu o maior adversário político, o atual presidente José Mário Vaz, ficar de fora da segunda volta, que será realizada a 29 de dezembro, já que o ainda Chefe de Estado foi apenas o quarto mais votado, com 12,41%.

À segunda volta passa também Umaro Sissoco Embaló, com 27,65%, que contou com o apoio do Movimento de Alternância Democrática (MADEM)-G15, enquanto Nuno Gomes Nabiam obteve 13,16% dos votos válidos numas eleições em que a participação chegou aos 74,37%, com 566-473 votantes entre os 761.676 inscritos.

O ocaso eleitoral de José Mário Vaz, que desta vez não contava com o Partido para a Renovação Social (PRS), força política que preferiu apoiar Nuno Gomes Nabiam, foi o desfecho de uma campanha eleitoral particularmente tensa e de um clima político marcado pela sua insólita decisão de demitir o Governo de Aristides Gomes (do PAIGC). O primeiro-ministro recusou-se a aceitar a substituição e recebeu apoio da comunidade internacional, com a organização regional CEDEAO, que tem 800 soldados a funcionar como força de interposição no território guineense, a dar um prazo de 48 horas, prontamente acatado, para a demissão do executivo “paralelo” nomeado por Vaz.

 

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