A Ordem dos Nutricionistas veio hoje “lamentar” o chumbo do impostos sobre os produtos com elevado teor de sal previsto na proposta de Orçamento de Estado para 2018, mas que, sem o voto favorável do PCP, não foi aprovado pela Assembleia da República.
“O país perdeu hoje uma oportunidade de aprovar uma medida que teria um enorme impacto na saúde dos portugueses”, lê-se no comunicado á imprensa da Ordem. “Não é aceitável, e é até lamentável, que alguns dos nossos representantes na Assembleia da República se demitam de legislar a favor da saúde e do bem-estar dos portugueses”, afirma a Bastonária Alexandra Bento.
“Segundo a Direção-Geral da Saúde”, prossegue o comunicado, “os portugueses consomem o dobro da quantidade de sal recomendada pela organização Mundial da Saúde (OMS). O consumo diário de sal por português está acima de 10 gramas, quando a recomendação da OMS aponta para cinco gramas diárias”, e portanto, a Ordem considera “incompreensível que, depois do sucesso que revelou a taxação dos refrigerantes, com o consumo a cair entre 20 a 25% e as empresas a reformularem os seus produtos a favor da medida, a Assembleia da República chumbe o imposto sobre o sal”.
“Esta decisão” frisa Alexandra Bento, “só pode merecer, por parte da Ordem dos Nutricionistas, um forte cartão vermelho”.
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