A expiração de patentes está a impulsionar as fusões e aquisições em todo o sector farmacêutico. No total, as grandes empresas farmacêuticas norte-americanas podem perder mais de 180 mil milhões de euros (200 mil milhões de dólares) em vendas anuais até 2030, sendo que a Merck poderá ser uma das afetadas.
A Merck, um dos maiores gigantes farmacêuticos, continua à procura de acordos que possam impulsionar a sua carteira com novos produtos antes que o Keytruda, a terapia contra o cancro mais vendida, perca a proteção da patente no final desta década.
Nesse sentido, a Merck vai avançar para a aquisição da Prometheus Biosciences, empresa de biotecnologia, por 9,7 mil milhões de euros (10,8 mil milhões de dólares) para alargar a sua carteira para tratamentos de doenças imunológicas, ao mesmo tempo que espera patentear uma nova fórmula do seu medicamento mais vendido contra o cancro antes que a patente expire.
De acordo com os termos do acordo anunciados este domingo, a Merck irá adquirir todas as ações da Prometheus em circulação por 180 euros (200 dólares). As ações da Prometheus fecharam a negociação esta sexta-feira a 114,01 dólares por ação.
A operação, destinada a diversificar a carteira global da Merck, é uma das maiores operações farmacêuticas do mundo nos últimos anos, sendo que a farmacêutica norte-americana espera fechar esta aquisição no terceiro trimestre de 2023.
“O acordo com a Prometheus irá acelerar a crescente presença da Merck na imunologia, onde continuam a existir importantes necessidades dos pacientes”, destacou Robert Davis, presidente e conselheiro delegado da Merck.
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