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Exportações nacionais de vestuário perderam mais de 500 milhões entre janeiro e novembro de 2020

Segundo a ANIVEC, o mês de novembro agravou as perdas da indústria de vestuário portuguesa, com a redução de 14,4% em termos mensais a aumentar a quebra nos primeiros 11 meses do ano.
8 Janeiro 2021, 16h44

As exportações nacionais de vestuário perderam mais de 500 milhões de euros no período compreendido entre janeiro e novembro do ano passado, em comparação com o período homólogo de 2019.

“O mês de novembro agravou as perdas da indústria de vestuário portuguesa, com a redução de 14,4% em termos mensais a aumentar a quebra nos primeiros 11 meses do ano. Entre janeiro e novembro, as exportações baixaram 17,5%, equivalente a menos 507 milhões de euros”, assinala a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, em comunicado.

De acordo com esse documento, “entre janeiro e novembro, as exportações de vestuário ficaram-se por 2,39 mil milhões de euros, em comparação com cerca de 2,9 mil milhões de euros no mesmo período de 2019”.

“Entre os dez principais mercados, apenas a Dinamarca registou uma evolução positiva, com mais 6,2%. Espanha, o principal mercado, somou, nos primeiros 11 meses do ano, uma descida de 29,9%, equivalente a menos 345 milhões de euros. As quebras agravaram-se ainda em França (-6,7%) e em Itália (-9%)”, adianta o referido comunicado.

Segundo os responsáveis da ANIVEC, “em termos mensais, os números do INE [Instituto Nacional de Estatística] revelam uma descida de 14,4% em novembro em comparação com o mesmo mês do ano passado, acentuando a tendência de queda que se verifica desde setembro (-11,9% em setembro e -12,1% em outubro)”.

Para César Araújo, presidente da ANIVEC, “a queda era já esperada, face ao agravamento da pandemia na Europa, que continua a ser o grande mercado da indústria portuguesa de vestuário”.

“Os números de infetados continuam a subir, os governos estão a tomar medidas mais rigorosas em relação às deslocações das pessoas e ao comércio e é provável que este início de ano seja igualmente difícil para a atividade desta indústria. É, por isso, fundamental continuar a apoiar estas empresas, sob risco de vermos desaparecer parte importante deste sector que representa cerca de 90 mil postos de trabalho», conclui este responsável.

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