O Facebook afirmou esta quarta-feira que a Cambridge Analytica, a empresa norte-americana de análise de dados, pode ter recolhido informações pessoais de 87 milhões de utilizadores. Os dados revelados esta quarta-feira revêm em alta a estimativa inicialmente avançada de que teria sido recolhida informação de cerca de 50 milhões de perfis no Facebook.
O diretor de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, indica que a maioria das informações recolhidas pela a Cambridge Analytica dizem respeito a perfis de cidadãos norte-americanos. As informações terão depois servido para ajudar o candidato republicano Donald Trump a vencer as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, conquistando votos tendo em conta as necessidades dos cidadãos.
A aplicação foi desenvolvida por Aleksandr Kogan, um estudante da Universidade de Cambridge, em colaboração com a Cambridge Analytica, e funcionaria apenas “para uso académico”. No entanto, a informação recolhida, sob a forma de um teste de personalidade, foi depois vendida para ajustar a campanha de Donald Trump às necessidades dos eleitores. A Cambridge Analytica era então gerida por Steve Bannon, um dos principais conselheiros do magnata republicano.
Desde o início do escândalo da Cambridge Analytica, as ações do Facebook já tombaram mais de 16%. Esta quarta-feira, as ações da empresa chegaram a cair 1,4% para 153,90 dólares.
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