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Facebook admite ter criado ”ambiente propício” de propagação de violência na Birmânia

A rede social assumiu que deveria ter tomado melhores providências para travar publicações que estiveram promoviam a perseguição contra o grupo religioso rohingya. Eleições de 2020 podem ser o próximo alvo.
  • CNN
6 Novembro 2018, 13h05

Um relatório encomendado pela gigante tecnológica norte-americana concluiu, esta terça feira, que ”o Facebook se tornou um meio para aqueles que procuraram espalhar ódio e causar mal-estar, e as publicações estiveram relacionadas com violência fora da rede”.

O Facebook reconhece e admite que deveria ter “feito mais” para conter a disseminação de discurso de ódio na Birmânia, que acabou por ser um dos ingredientes por trás da crise humanitária da minoria rohingya. A falta de controle sobre as publicações e mensagens de incitação à violência contra minorias étnicas resultaram num ”ambiente propício” a violações de direitos humanos da população, acrescenta o relatório conduzido pela  Business for Social Responsibility (BSR)

O responsável pelas políticas de produto do Facebook, Alex Warofka, assegura que a empresa reconhece os erros cometidos. “O relatório conclui que, até ao último ano, não fizemos o suficiente para impedir que a nossa plataforma fosse usada para fomentar a divisão e incitar a violência fora da rede. Concordamos que podíamos e devíamos ter feito mais”, afirmou Warofka, através de um comunicado.

Não é a primeira vez que o Facebook assume ter errado ao não conter o discurso de ódio na Birmânia, um país onde existem 20 milhões de utilizadores da rede social, que para muitos é a principal fornecedora de informação. Em Agosto, a empresa reconheceu a lentidão “a prevenir a informação falsa e o discurso de ódio”, depois de uma investigação da ”Reuters” ter revelado mais de mil mensagens de apelo à violência contra os rohingya que continuavam alojadas na rede social.

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