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Facebook vai esconder conteúdos anti-vacinas

O surto de sarampo que abalou os Estados Unidos, com mais de 300 casos registados, impulsionou a decisão.
8 Março 2019, 13h29

Os Estados Unidos enfrentam o maior surto de sarampo das últimas décadas. Depois de ter sido erradicada no início do século, a doença contagiosa atingiu números alarmantes no último ano. Mais de 300 pessoas foram atendidas nas urgências americanas, na maior parte delas crianças que não apresentavam a vacinação em dia.

O surto tem causado desconforto político no país e já levou Jay Inslee, governador do estado de Washington, a declarar estado de emergência, depois de mais de 36 menores terem sido hospitalizados no mesmo dia na sequência da infeção viral. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, anunciados em novembro passado, o número de casos confirmados aumentou 30% face ao ano anterior. Em causa, estão as comunidades antivacinas que propagam conteúdos desinformados e promovem “um risco extremo para a saúde pública”, diz o governador.

O Facebook anunciou em comunicado que também tomará medidas contra estas comunidades. Para isso, a rede social vai tomar medidas de contenção sobre os conteúdos que instiguem a resistência à vacinação, seja através de grupos fechados, publicações ou anúncios.

“Os grupos ou páginas que contenham conteúdos desinformados sobre o tema ou que promovam a falta de vacinação não serão incluídos nas sugestões e não vão aparecer quando os procurar no motor de pesquisa.”

As contas que publiquem anúncios relativos a esta temática serão desativadas e eliminadas da rede social, à semelhança do que aconteceu o ano passado quando a Autoridade Reguladora da Publicidade do Reino Unido baniu um anúncio promovido por uma comunidade antivacinação com sede nos EUA.

Monika Bickert, responsável pelas políticas globais da rede social, garantiu que o Facebook vai ‘esconder’ as contas consideradas perigosas, evitando a propagação dos seus conteúdos no ‘feed’ de notícias.

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