[weglot_switcher]

Fed mantém as taxas de juro mas espera reduzir balanço “em breve”

A Reserva Federal norte-americana decidiu manter as taxas de juro entre 1% e 1,25%, após a subida de junho que se cifrou na segundo aumento do ano. A Fed sinaliza, no entanto, que espera reduzir balanço “em breve”, dependendo da inflação.
  • Reuters
26 Julho 2017, 19h18

A Reserva Federal norte-americana decidiu manter a taxa de juros mas espera reduzir o balanço num período “relativamente breve”, anunciou esta quarta-feira, após a reunião de dois dias.

“O Comité espera começar a implementar o programa de normalização do balanço relativamente breve, desde que a economia evolua conforme o previsto”, frisa a Fed, em comunicado.

A instituição liderada por Janet Yellen salienta o crescimento “sólido” do emprego, o declínio da taxa de desemprego e que a informação recebida desde que a FOMC se encontrou em Junho indica que o mercado laboral continuou a fortalecer-se e que a atividade económica tem vindo a crescer até agora este ano”.

A Fed decidiu manter, assim, o intervalo da taxa diretora entre 1% e 1,25%, frisando que “a política monetária continua a ser acomodatícia, apoiando um reforço adicional nas condições do mercado de trabalho e um retorno sustentado a uma inflação a 2%”. O Comité espera que com “ajustes graduais” a atividade económica se continue a expandir a “um ritmo moderado”. “A inflação numa base de 12 meses deverá permanecer um pouco abaixo de 2% no curto prazo, mas estabilizar em torno do objetivo do Comité de 2% no médio prazo”, salienta.

Em junho, a taxa de inflação nos EUA desacelerou para 1,6%, abaixo dos 1,9% de maio e face aos 1,7% estimados. O valor fica também longe dos 2% ambicionados pelo banco central, uma meta que não é alcançada há seis anos.

O banco central sinaliza a estratégia futura, após nas minutas do encontro de março, os participantes se terem mostrado divididos quanto ao futuro da inflação e sobre a forma como os preços poderiam afetar o ritmo dos aumentos dos juros. A Fed salienta a importância da inflação, que “acompanhará cuidadosamente” e diz esperar que a economia irá evoluir “de forma a garantir aumentos graduais na taxa de fundos federais”.

“É provável que a taxa de fundos federais permaneça, por algum tempo, abaixo dos níveis que deverão prevalecer no longo prazo”, refere.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.