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FEPICOP: Recuperação da construção dinamiza economia

O valor dos concursos de obras públicas promovidos até abril aumentou 69,3% e o dos contratos celebrados subiu 77%, em termos homólogos, evidenciando crescimentos “assinaláveis”, divulgou hoje a federação setorial. Emprego atinge valor recorde até março.
  • Reuters
29 Maio 2017, 16h05

Após um crescimento de 4,5% em 2016, o número de trabalhadores do setor da Construção voltou a subir nos três primeiros meses de 2017, mais 5,6% para os 303,7 mil. Com este resultado, a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) sinaliza que o primeiro trimestre de 2017 revelou-se o melhor trimestre inicial dos últimos cinco anos no que ao emprego do setor diz respeito. E conclui: a construção está a desempenhar um papel “relevante” na recuperação da economia.

Na sua análise de conjuntura de maio, a FEPICOP revela um aumento do número de trabalhadores da Construção nos três primeiros  meses deste ano: mais 16 mil, representando um acréscimo de 11% do emprego total da economia, o qual, diz a síntese de conjuntura, “evoluiu de forma positiva até março”, mais 3,2%.

Segundo a FEPICOP, verificaram-se, igualmente, sensíveis decréscimos no desemprego (menos 18,2%, em termos homólogos) e na taxa de desemprego, que, ao descer para os 10,1%, atingiu o valor mais baixo desde o início de 2011.

“O dinamismo do mercado imobiliário tem sido apontado como o grande responsável pela recuperação da atividade do setor da construção. Contudo, também o mercado das obras públicas tem contribuído positivamente para esse resultado”, salienta a FEPICOP.

Até final de abril registaram-se crescimentos assinaláveis nos valores dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos, mais 69% em termos homólogos, bem como nos montantes dos contratos já celebrados, mais 77% face aos quatro primeiros meses de 2016, ano em que se atingiram valores mínimos de investimento público.

Ainda assim, segundo a FEPICOP, estes sinais de recuperação indiciam que o investimento público poderá vir a acompanhar, já em 2017, a tendência positiva do investimento privado.

Na sua análise de conjuntura, esta federação sectorial sublinha que os números demonstram que a construção está a desempenhar um papel “relevante” na recuperação da economia. “A consolidação do crescimento evidenciado no primeiro trimestre, com a economia a crescer 2,8% em termos homólogos, pressupõe a recuperação sentida no setor da construção”, frisa.

Neste sentido, a FEPICOP recorda que as previsões de primavera da Comissão Europeia, divulgadas recentemente, vêm acentuar este otimismo, ao rever em alta a evolução de vários indicadores para a economia portuguesa, nomeadamente do PIB, de 1,6% para 1,8% em 2017; do investimento total, de 3,8% para 5,4%, e em particular da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção, de 1,8% para 6,2%.

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