Na quarta-feira 27 de julho arranca o 26º Festival de Cinema de Avanca, que este ano celebra 25 anos de atividade contínua. São muitos “vintes” e são todos eles importantes. Daí que a entrega dos prémios do ano passado tenha lugar no primeiro dia do festival, a par de homenagens comemorativas deste quarto de século.
É, pois, com espírito festivo que o primeiro dia se propõe “mixar” no programa uma conferência, o lançamento do livro “Cento e Quarenta Anos do Teatro Aveirense” – que será apresentado pelo seu coordenador José Pina –, uma mesa sobre cinema e média-arte , e um serão em que a animação é rainha.
A primeira noite do Festival será marcada pela estreia mundial de duas animações portuguesas: “O Antiquário”, de Manuel Matos Barbosa, recentemente distinguido pela Academia Portuguesa de Cinema. E “A Espuma e o Leão”, de Cláudio Jordão, que narra a intrépida viagem de 18 marinheiros entre Olhão e o Rio de Janeiro.
Importa ainda referir que o Festival de Cinema de Avanca continua atento ao mundo que o rodeia, pelo que escolheu, para a edição de 2022, o tema “Deslocados” como fio condutor para refletir e debater o mundo em que vivemos. Assim, no segundo dia do Festival, três filmes pretendem lançar pistas sobre três realidades distintas. São elas a República Democrática do Congo e os dois assassinatos ocorridos em março de 2017, através do relato do realizador belga Thierry Michel, “O Império do Silêncio”. Segue-se, ao fim da tarde, a exibição da última obra de André Valentim Almeida, o documentário “Famille F. C.”, que aborda os clubes de futebol das comunidades portuguesas que residem nas regiões limítrofes de Paris.
Ao serão, “Viagens em Cabeças Estrangeiras”, será apresentado pelo realizador, o luso-francês António Amaral, e também pelo ator Julien Darney, que versa sobre uma ficção em torno de ativismo em prol dos direitos laborais dos migrantes. Para fechar o segundo dia, e ainda sob a égide do tema “Deslocados”, será exibida a última obra da realizadora Latifa Said, “Toutes les nuits”.
Ao terceiro dia, o mundo, por assim dizer, continua a passar por Avanca. Sem alargar os destaques, refira-se duas longas-metragens em competição internacional: “Soula”, de Salah Issaad (Argélia) e “Looking for a Heart of Gold”, de Rudolf Mestdagh, uma coprodução que junta Bélgica e Brasil. E ao quarto dia, o imenso ecletismo que vai desde o programa matinal intitulado “Trailer in Motion”, às diferentes competições ao longo do dia, dos documentários de ficção “Bravos Valentes, vaqueiros do Brasil”, de Ralf Tambke (Brasil), e “José Luís Espinosa – o espião”, de Alfonso Palazon (Portugal), às curtas de imagem real e de animação.
Para assinalar estes 25 anos de realização ininterrupta, o Festival apresenta ainda o projeto de dinamização educativa e cultural “AvancaGIGANTES”, dirigido às crianças desde o pré-escolar aos jovens do ensino secundário.
O 26º Avanca decorre até 31 de julho no Auditório Paroquial de Avanca e no Cinema Vida em Ovar, e nesta edição irá exibir cerca de 130 filmes, entre longas e curtas-metragens, a par de mais de um centena de comunicações, que vão reunir investigadores dos cinco continentes, cujo trabalho está ligado ao cinema.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com