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Fintech Ifthenpay cresce 25% em 2018 e prepara internacionalização

Até dezembro, os criadores deste serviço conseguiram captar perto de 150 mil euros, levando a um aumento de 216% e a uma variação de mais de cem mil euros.
12 Fevereiro 2019, 18h17

A empresa especializada na emissão e gestão de referências de multibanco partilhadas para empresas, Ifthenpay, encerrou o ano de 2018 com um crescimento de 25% no volume de negócios e com um valor total superior a 1,7 milhões de euros.

A Ifthenpay foi a primeira fintech portuguesa a ultrapassar a fasquia de mil milhões de euros acumulados em pagamentos, e em 2018 registou um volume de pagamentos superior a 430 milhões de euros, o que espelhou o crescimento de 38% face a 2017. O valor de pagamentos realizados, desde 2005, já ascendeu a mais de 1.380 milhões de euros. O número de entidades que já aderiram aos serviços desta empresa revelou um aumento de 18% em relação aos valores de 2017, obtendo mais de 13 mil associados. A variação de mais de 2 mil novas entidades mostrou que sete a oito empresas estão a aderir a este serviço por dia, e os fundadores afirmam estar “orgulhosos” deste crescimento.

A faturação em 2018 mostrou um aumento de 25% em relação ao ano anterior, superando 1,780 mil euros e os presidentes da empresa declararam que o aumento em mais de 300 mil euros mostra “uma dinâmica de crescimento interessante”.  No ano que encerrou em dezembro, os criadores deste serviço conseguiram captar perto de 150 mil euros, levando a um aumento de 216% e a uma variação de mais de cem mil euros.

O forte investimento em 2018 fez com que a empresa conseguisse aumentar a equipa de dois para dez funcionários, incluindo três programadores, inovar com novos sistemas, criar um novo escritório em Santa Maria da Feira e o aumentar a colocação de publicidade em jornais, rádio e televisão.

Para 2019, o grupo já apresenta números que espera atingir. Com o lucro do ano passado a ser superior a cem mil euros, a Ifthenpay prevê atingir 530 milhões de euros em pagamentos, o que representa um aumento de 23% em relação a 2018. E espera conseguir 15 mil entidades agregadas ao serviço, representando um aumento de 13%.

A novidade é a preparação para internacionalizar em 2019. O grupo admite que está à espera que o licenciamento seja aprovado mas que “não tão demorado como o primeiro, que demorou quatro anos a chegar”. Filipe Moura, um dos fundadores e responsáveis revela que a internacionalização vai trazer um novo método de pagamento próprio e inovador e que vai beneficiar o sistema, ainda que queiram expandir a sua empresa para o mundo, os fundadores querem agora manter-se na zona SEPA, que gere vários países europeus que pertencem à União Europeia. Como ainda estão a estudar a estratégia da internacionalização, Nuno Breda, também fundador, adianta que estão a “avaliar propostas para a obtenção de investimento nacional e internacional”. Ainda assim, revelam que o seu maior concorrente é o PayPal, e que este tem um lucro dez vezes superior ao do Banco de Portugal.

Filipe Moura refere que em 2018 conseguiram integrar o MB Way, onde apenas conseguiram uma evolução de 3%, que mesmo assim consideram “positiva”, em novas plataformas de comércio eletrónico e o desenvolvimento de funcionalidades na aplicação que existe para os smartphones.

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