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FMI sobre Portugal: Mais otimismo mas faltam 760 milhões em medidas para 2017

Crescimento é possível e meta do défice é alcançável: o FMI está moderamente otimista com o desempenho português mas há sempre um “mas”… um “mas” de 760 milhões de euros.
  • Bogdan Cristel/Reuters
8 Dezembro 2016, 16h17

O FMI analisou o Orçamento de Estado para 2017 (OE2017) e revelou que, com base nas medidas do documento, o défice orçamental deverá descer para 2,%, abaixo da meta de 1,6% prevista para o Governo.

“Alcançar o objetivo do Governo [para 2017] exigiria um esforço estrutural adicional de 0,4% do PIB [ou cerca de 700 milhões de euros]. Um esforço de consolidação baseado em reformas na despesa duradouras, seria mais favorável ao crescimento económico do que reduzir o investimento público”, realçou a equipa liderada por Subir Lall.

De qualquer forma, as estimativas do FMI são agora mais otimistas do que eram em outubro, altura em que esta instituição divulgou as últimas previsões referentes ao nosso país: previsão de que o défice orçamental português representasse 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e 3% em 2017.

No relatório hoje divulgado, o FMI estima agora que Portugal termine o ano com um défice orçamental de 2,6% do PIB, uma previsão que fica acima dos 2,5% exigidos pela Comissão Europeia e dos 2,4% que constam no OE2017.

Apesar de tudo, o FMI afirma que “as metas orçamentais do Governo para 2016 podem ser alcançadas” e destaca que os “fortes esforços” do executivo para conter o consumo intermédio, juntamente com uma contenção do investimento público, “mitigaram o impacto de uma quebra significativa na receita prevista no défice”.

Finanças enaltecem “progessos na economia”

Em comunicado, o Ministério das Finanças sublinha que as últimas consultas técnicas da quinta missão do pós-programa de ajustamento mostram que “os desenvolvimentos registados desde a última missão, realizada em junho, comprovam os progressos alcançados em áreas chave na economia nacional”.

“Confirmou-se o rigor da execução orçamental de 2016 – o que levou o FMI a melhorar a sua anterior previsão -, reportaram-se os avanços concretos na estabilização do setor financeiro e transmitiu-se o ponto de situação sobre a implementação do Programa Nacional de Reformas”, lê-se no comunicado das Finanças.

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