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Font Salem vai “investir mais 40 milhões de euros nos próximos anos”

O Jornal Económico entrevistou Antoni Folguera, administrador-diretor geral da Font Salem, à margem da apresentação do “Plano Estratégico Rumo a 2020” numa fábrica da empresa, que contou com a presença do ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral.
  • Jorge Villavecchia, diretor geral Damm; Ramón Agenjo, presidente Font Salem; Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia; Demetrio Carceller, presidente Damm; Ricardo Ribeiro Gonçalves, presidente Câmara Municipal de Santarém; Antoni Folguera, administrador-diretor geral Font Salem; Jaime Andrez, presidente da Comissão Diretiva COMPETE 2020;Alberto Teixeira, administrador Font Salem
17 Fevereiro 2018, 13h00

A Font Salem, empresa ibérica de referência em marcas de distribuição e co-packing, especializada em cerveja, refrigerantes com gás e sem gás, águas minerais e outros tipos de bebidas, prepara-se para investir mais 40 milhões de euros no âmbito do seu “Plano Estratégico Rumo a 2020”, apresentado a 9 de fevereiro, em Santarém.

Em entrevista ao Jornal Económico, o administrador-diretor geral da Font Salem Antoni Folguera falou sobre os resultados da empresa em 2017, as perspetivas para 2018 e ainda contou qual a estratégia para 2020. “Um rumo que passa por investir mais 40 milhões de euros nos próximos anos e que se irá traduzir na criação de mais postos de trabalho e num aumento da capacidade produtiva até 4 milhões de hectolitros ano”.

Que avaliação faz do último ano?
Uma avaliação altamente positiva, pois atingimos o nível máximo de produção atual na nossa fábrica. É por isso que avançamos com o plano de investimento previsto para os próximos anos e que se traduz na duplicação da capacidade da fábrica.

Os nossos projetos dentro do mercado nacional e internacional evoluíram de forma positiva, pelo que a nossa estratégia dá, claramente, resultados.

Quais são as perspetivas para este ano?
Para além do aumento do número de postos de trabalho, ampliaremos a capacidade produtiva da fábrica Font Salem de Santarém, que alcançará os 4 milhões de hectolitros ao ano. Para tal, vamos investir numa nova linha – a sétima -, o que nos deixa com sete linhas de enchimento prontas para preparar todo o tipo de cervejas e refrigerantes. Com isto, prevê-se a expansão da fábrica, o que tornará possível produzir novos produtos – para além das atuais 300 referências.

Naturalmente, com um acréscimo na capacidade produtiva da Font Salem, esperamos que o mesmo se traduza no contributo que temos para a balança comercial, que é atualmente de 65%. Podemos, por isso, dizer que a expansão da Font Salem se traduzirá também no aumento da produção para o mercado externo, onde esperamos crescer acima dos 25%.

Tudo isto sem esquecer que é nosso objetivo chegar a 2020 com um acréscimo mínimo de 20% em pessoal, a adicionar às atuais 200 com que já trabalhamos.

Contudo, achamos que este ano a tendência vai ser tão positiva como o ano anterior e que já estaremos no caminho de cumprir boa parte dos objetivos marcados para 2020.

Quais são os principais pontos da estratégia até 2020?
A fábrica Font Salem de Santarém é a primeira aposta industrial da Font Salem fora de Espanha. Por isso, a estratégia que hoje apresentámos é muito clara e sublinha o nosso rumo a 2020. Um rumo que passa por investir mais 40 milhões de euros nos próximos anos e que se irá traduzir na criação de mais postos de trabalho e num aumento da capacidade produtiva até 4 milhões de hectolitros ano.

Ou seja, por via do investimento anunciado na passada sexta-feira teremos capacidade para produzir além das atuais 300 referências. Se a isto juntarmos o nosso contributo para a balança comercial de Portugal, podemos acrescentar que no nosso rumo a 2020 cabe também o aumento da nossa produção para o mercado externo.

Recordo que atualmente a fábrica Font Salem de Santarém exporta 65% das suas vendas, que em 2017 foram de 100 milhões de euros.

Que investimentos são necessários para cumprir esta estratégia?
Desde o primeiro dia em que Font Salem entrou na fábrica de Santarém que o processo de modernização é uma constante. Até ao momento investimos 60 milhões de euros na modernização da fábrica e para os próximos 3 anos o valor a investir ronda os 40 milhões de euros.

Existe já um verdadeiro mercado ibérico? Que avaliação faz?
Cada vez mais as economías de Espanha e Portugal estão inter-relacionadas. Existem muitas semelhanças, não só nos mercados mas também ao nível social e cultural.

Existem também vantagens mútuas, muitas delas até agora inexploradas como o facto de se produzir num dos países para fornecer o outro, aproveitando as vantagens logísticas, como é o nosso caso.

Contudo existem ainda algumas diferenças na escolha dos consumidores, o que se traduz em formatos e sabores diferenciados o que faz com que a integração não seja total.

 

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