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Frans Timmermans é favorito na corrida à presidência da Comissão Europeia

Dois diplomatas citados pela agência Reuters dizem que os 28 líderes europeus devem chegar a acordo para nomear o socialista holandês Frans Timmermans para liderar a Comissão Europeia e a conservadora búlgara Kristalina Georgieva para o Conselho Europeu.
1 Julho 2019, 13h01

Ainda não há fumo branco nas negociações para a distribuição dos mais altos cargos europeus, mas dois diplomatas citados pela agência Reuters dizem que as negociações estão quase concluídas. Os 28 líderes europeus devem chegar a acordo para nomear o socialista holandês Frans Timmermans para liderar a Comissão Europeia e a conservadora Kristalina Georgieva para o Conselho Europeu.

Se Frans Timmermans era já o nome mais provável para suceder a Jean-Claude Juncker na liderança da Comissão Europeia, os dois diplomatas ouvidos pela Reuters vieram confirmar essa expectativa. À chegada ao Conselho Europeu, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou acreditar que “há boas condições” para que o socialista holandês seja anunciado para a presidência da Comissão Europeia.

“Eu continuo otimista que cheguemos a uma boa solução de acordo. Como é sabido, desde o princípio que acho que Frans Timmermans é a personalidade que reúne melhores condições para ser presidente da Comissão”, afirmou António Costa aos jornalistas.

Para equilibrar os pratos da balança, que é como quem diz, equilibrar a representação das famílias políticas europeias, bem como as nacionalidades, distribuição geográfica e assegurar a igualdade de género, os dois diplomatas indicam que a conservadora búlgara Kristalina Georgieva deve suceder a Donald Tusk na presidência do Conselho Europeu.

O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, é segundo os dois diplomatas contactados pela Reuters, um forte candidato o alto representante da Política Externa da União Europeia (UE), cargo que funciona como uma espécie de ministro dos Negócios Estrangeiros da UE. Caso venha a ser confirmado, Charles Michel sucede a italiana Federica Mogherini no cargo.

Já o alemão Manfred Weber, que o Partido Popular Europeu (PPE) queria nomear para a liderança da Comissão Europeia, está disposto a liderar o Parlamento Europeu, de acordo com a mesma fonte.

A maratona de negociações tem sido longa. Os líderes europeus têm estado reunidos desde as 20h00 de domingo em reuniões, sobretudo bilaterais, para chegarem a um consenso sobre os nomes que devem ser anunciados para os maiores cargos europeus. Desde então, as negociações já foram suspensas por duas vezes. A primeira suspensão foi anunciada às 23h06 locais (menos uma hora em Lisboa) e durou nove horas. A segunda foi anunciada há minutos e deve prolongar-se até às 11h00 locais de terça-feira.

Em discussão nesta cimeira europeia extraordinária estão seis cargos: o de presidente e vice-presidente da Comissão Europeia, presidente do Conselho Europeu, presidente do Parlamento Europeu e do Banco Central Europeu e o alto representante da Política Externa da UE.

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