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Fraude. Risco é maior em empresas públicas e na Autoridade Tributária, revela estudo

Os dados, recolhidos pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), mostram que 81% dos inquiridos considera que a fraude aumentou no último ano.
  • REUTERS / Danish Siddiqui
1 Junho 2017, 16h11

Um estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) divulgado esta quinta-feira mostra que um em cada seis portugueses (18%) já foi vítima de procedimentos fraudulentos. As empresas públicas e a Autoridade Tributária são apontadas como as instituições em que o risco de fraude é maior, sendo que mais de um terço dos portugueses acredita que a eficácia do sistema judicial no combate à fraude é baixa.

Os dados, recolhidos da análise das entrevistas efetuadas a mais de mil pessoas em setembro de 2016, mostram que 81% dos inquiridos considera que a fraude aumentou no último ano. A fraude na corrupção e suborno continua a liderar nos tipos de fraude com uma margem de diferença “claramente superior”. Seguem-se a fraude fiscal, a utilização indevida de bens, a apropriação de dinheiro, o uso de informação privilegiada ou a fraude contra os consumidores.

A ideia de que a fraude é cada vez mais um problema endémico na sociedade portuguesa é sobretudo percecionada pelas mulheres, sobretudo no interior e sul do país. Um dado interessante neste estudo é que a fraude é, em termos sociodemográficos, identificada por quem trabalha por conta própria, tem um nível de escolaridade média (9º ou 12º ano). Os estudantes são os que têm uma percepção menor deste fenómeno.

Quase 20% dos inquiridos diz ainda que tem conhecimento de casos em que a fraude vitimou amigos, familiares (15%) ou a organização em que trabalha (7%).

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