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Frente Cívica pede reabertura de investigações contra Manuel Vicente

Recordando que Orlando Figueira acabou por ser condenado por corrupção relacionada com o arquivamento das investigações contra Manuel Vicente, a associação “Frente Cívica” vem agora pedir explicações ao Ministério Público sobre que diligências foram adotadas e que poderão vir a acontecer, no sentido de reabrir os inquéritos “corruptamente arquivados”.
23 Maio 2023, 09h39

O movimento “Frente Cívica” pediu esta terça-feira, em carta aberta dirigida a Lucília Gago, Procuradora-Geral da República, a reabertura das investigações por branqueamento de capitais que visavam o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente e que foram arquivadas pelo procurador Orlando Figueira.

Em 2018, o processo-crime iniciado em Portugal, conhecido como “Operação Fizz”, em que o ex-vice-presidente angolano era acusado de ter corrompido o procurador português Orlando Figueira, causou uma crise diplomática entre os dois países, que ficou resolvida depois de o caso relativo a Manuel Vicente ter sido transferido para Angola.

Recordando que Orlando Figueira acabou por ser condenado por corrupção relacionada com o arquivamento das investigações contra Manuel Vicente, a associação “Frente Cívica” vem agora pedir explicações ao Ministério Público sobre que diligências foram adotadas e que poderão vir a acontecer, no sentido de reabrir os inquéritos “corruptamente arquivados”.

Esta associação realça que estes inquéritos “investigavam suspeitas de lavagem de dinheiro por parte do ex-dirigente angolano, nomeadamente com a compra de imobiliário de luxo em Cascais, por perto de quatro milhões de euros.

“Dado que é implausível – mesmo improvável – que um cidadão angolano, ex-vice-Presidente do seu país, se expusesse a corromper um procurador da República de um Estado estrangeiro para arquivar inquéritos em que fosse inocente, parece haver dados mais do que suficientes para que as investigações ilegalmente arquivadas sejam reabertas e Manuel Vicente responsabilizado, nos termos da lei portuguesa”, lê-se na carta enviada pela Frente Cívica.

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