O município do Funchal aprovou, na reunião da Assembleia Municipal, o Plano de Ação para a Mobilidade Sustentável (PAMUS).
O objectivo do PAMUS passa por implementar acções que optimizem a mobilidade urbana no concelho. Este plano foi aprovado, pela Assembleia Municipal do Funchal, com os votos favoráveis da Coligação Confiança, do CDS-PP, da CDU, e abstenção das restantes forças políticas.
“O Funchal estar mais uma vez na vanguarda do que de melhor se faz na Região em termos de estratégia e planeamento”, afirmou Bruno Martins, vereador da Câmara Municipal do Funchal, que tem o pelouro da mobilidade. Para o membro do executivo camarário a aprovação do PAMUS “terá impactos determinantes” na cidade nos próximos anos.
A expetativa é que até 2023 se tenha “reduzido a utilização do automóvel”, “consolidado a rede pedonal na Baixa da cidade”, e aumentado a oferta de transporte público e a distribuição modal da bicicleta”, esclareceu.
“Será o PAMUS, a partir de agora, a ditar o futuro do Funchal em termos de mobilidade urbana eficaz e sustentável, planeada para residentes e turistas, promovendo um espaço público mais atrativo, mais acessível, mais inclusivo e mais seguro para todas as pessoas”, acrescentou Bruno Martins.
O PSD criticou o documento por “criar um tampão da quota 40 para as zonas mais baixas da Cidade, que irá impedir a entrada de veículos de matrícula anterior ao ano de 2001”, referiu Alexandre Carvalho da Silva, deputado municipal.
O “aumento significativo” dos preços nos estacionamentos de superfície no Funchal foi outra das preocupações demonstradas pelo PSD. “O preço do estacionamento vai aumentar e o número de estacionamentos vai diminuir, com as pessoas a terem que estacionar na periferia ou em centros comerciais”, alerta o deputado municipal.
“Esta não é uma Cidade inclusiva pois não permite que pessoas com menos recursos acedam ao centro da Cidade”, disse Alexandre Carvalho da Silva. O deputado municipal do PSD afirma que o PAMUS “está completamente desadequado à realidade do Funchal e à orografia do Concelho”.
O social democrata realça que o PAMUS, aprovado pela autarquia, vai “afugentar as pessoas do centro da Cidade”.
“A política de mobilidade desta Câmara para a Cidade é apenas para ricos, jovens e saudáveis”, afirmou.